Revista Tipográfico - 2ª Edição tipografico vol.2 (1) | Page 8
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Q
uando o cinema surgiu, ainda se
entendia pouco de toda aquela
novidade, não havia sido fixado
um código de segmento próprio, portanto
encontrava-se misturado a outras formas
culturais tais como; cartuns, revistas ilus-
tradas, cartões-postais e as "Gags".
Formas narrativas antigas do cinema, com
uma piada visual e, ou um rápido aconteci-
mento, cujo desenvolvimento narrativo tem
duas fases, preparação e o desfecho inespe-
rado. como os sons não podiam vir em au-
xílio do público, a compreensão dos filmes
era através da inserção de legendas também
para tornar os acontecimentos mais claros.
O início do cinema a imagem e à mú-
sica se tornariam inseparáveis, pois vá-
rias pessoas que iam ao cinema diziam
que ver imagens sem alguma música ou
música sem alguma imagem causava
grande estranhamento.
Logo cenas cinematográficas passam
a ser acompanhadas por c o m p a s s o s
tocados ao piano.
Estas músicas variavam conforme o espaço
no qual os filmes eram transmitidos, pois a
escolha sonora dependia do ponto de vista
do pianista sobre a obra exibida.
Eis que o cinema mudo se cria, não surge
de um elemento só, e não se trata apenas
de um, foi fruto de várias circunstâncias.
Há que chame apenas de período Mudo, ao
longo de trinta anos o que se conhecia por
cinema se resumiu a esta modalidade, que
já transmitia à plateia a magia que seria sua
marca nos séculos posteriores, mesmo sem
apoio sonoro, aplicava-se os recursos no
trabalho de direção, na operação da câmera
e na montagem das cenas.
Após o surgimento, o cinema mudo chega
como um grande avanço para quem investia nes-
sa importantíssima bela forma de arte, cineastas,
figurinistas, diretores e quem esteve engajado nela
mudaria uma história no mundo, no início da his-
tória do cinema popular. Na América o cinema já
revelava sua vocação para a diversão, ao contrário
da tendência de elite e conceitual da Europa. Os
primeiros filmes eram exibidos em feiras, com o
objetivo de entreter a plateia, emergem atores como
Charlie Chaplin, Buster Keaton e Harold Lloyd, o
genial trio de comediantes da era dos filmes mudos
na América do Norte. Nem mesmo o advento do
som apagou da história deste período inesquecível
da trajetória do Cinema .
(Mary Philbin, atriz)