Revista Tipográfico - 2ª Edição tipografico vol.2 (1) | Page 40
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aul Bass, designer, cineasta e revolucio-
nário. Bass nasceu em pleno século 20,
no Bronx, em Nova York, de pais imi-
grantes. Desde infância demonstrava
certa criatividade e habilidade com o lápis e pa-
pel, além de ter a “fama” de ler tudo o que en-
contrava para ler. Bass trabalhou como aprendiz
no departamento artístico do escritório de New
York da Warner Brothers Studio, o seu trabalho
era ajudar a criar cartazes de cinema. Esse dom
pode ser desenvolvido nas aulas noturnas da
qual participava à noite no Art Students League,
onde teve a sorte de estudar com György Kepes
, um mestre da estética funcional de Bauhaus.
Sua carreira durou mais de 40 anos e abrangeu
de tudo, desde a impressão e desenvolvimento
de identidade a créditos finais de filmes. Além
disso, passou por grandes corporações, onde
projetou identidades e trabalhou com bran-
ding, entre essas corporações estão a AT & T,
United Way e Continental Airlines; também
criou sequências de créditos para mais de 30
filmes, ganhando também um prêmio da aca-
demia pelo seu filme Why Man Creates. Por in-
crível que pareça, além disto tudo que foi cita-
do, foi um espetacular no campo da tipografia,
seu estilo de “corte de papel” é um dos estilos
mais reconhecidos do design dos anos 50 e 60.
Bass revolucionou os cartazes de filmes, seus
cartazes tinha um quê sofisticação devido ao
seu estilo minimalista, muito distintivo na
época, e como deixei claro nos parágrafos an-
teriores, seu papel no cinema internacional
não parou por aí, além dos pôsteres, inovou to-
talmente o papel dos créditos finais nos filmes.
Saul tinha o compromisso de injetar vidas nos
créditos dos filmes em que trabalhava, tornando-
-os parte da experiência cinematográfica como
qualquer outra parte do filme. Apresentando seu
tipo “kinetic type” de assinatura, as letras de “Bass” saltavam
e moviam-se através da tela e frequentemente incorporavam
com outras imagens, além de textos.
“Bass começou a interessar-se pelas ideias
professas na Bahaus após a leitura do livro
“The Language of Vision”, de Gyorgy Kepes.
Quanto a cartazes de cinema, era defendido
que em vez de fazer referências a todas as
cenas significantes do filme, como em al-
guns trailers, um cartaz deveria apresentar
apenas uma ideia ou o tema expresso no fil-
me que cativaria a imaginação.”
(Pôster do filme “Vertigo” de 1958)