Revista Tipográfico - 2ª Edição tipografico vol.2 (1) | Page 40

TipoGráfico -43 TipoGráfico -42 S aul Bass, designer, cineasta e revolucio- nário. Bass nasceu em pleno século 20, no Bronx, em Nova York, de pais imi- grantes. Desde infância demonstrava certa criatividade e habilidade com o lápis e pa- pel, além de ter a “fama” de ler tudo o que en- contrava para ler. Bass trabalhou como aprendiz no departamento artístico do escritório de New York da Warner Brothers Studio, o seu trabalho era ajudar a criar cartazes de cinema. Esse dom pode ser desenvolvido nas aulas noturnas da qual participava à noite no Art Students League, onde teve a sorte de estudar com György Kepes , um mestre da estética funcional de Bauhaus. Sua carreira durou mais de 40 anos e abrangeu de tudo, desde a impressão e desenvolvimento de identidade a créditos finais de filmes. Além disso, passou por grandes corporações, onde projetou identidades e trabalhou com bran- ding, entre essas corporações estão a AT & T, United Way e Continental Airlines; também criou sequências de créditos para mais de 30 filmes, ganhando também um prêmio da aca- demia pelo seu filme Why Man Creates. Por in- crível que pareça, além disto tudo que foi cita- do, foi um espetacular no campo da tipografia, seu estilo de “corte de papel” é um dos estilos mais reconhecidos do design dos anos 50 e 60. Bass revolucionou os cartazes de filmes, seus cartazes tinha um quê sofisticação devido ao seu estilo minimalista, muito distintivo na época, e como deixei claro nos parágrafos an- teriores, seu papel no cinema internacional não parou por aí, além dos pôsteres, inovou to- talmente o papel dos créditos finais nos filmes. Saul tinha o compromisso de injetar vidas nos créditos dos filmes em que trabalhava, tornando- -os parte da experiência cinematográfica como qualquer outra parte do filme. Apresentando seu tipo “kinetic type” de assinatura, as letras de “Bass” saltavam e moviam-se através da tela e frequentemente incorporavam com outras imagens, além de textos. “Bass começou a interessar-se pelas ideias professas na Bahaus após a leitura do livro “The Language of Vision”, de Gyorgy Kepes. Quanto a cartazes de cinema, era defendido que em vez de fazer referências a todas as cenas significantes do filme, como em al- guns trailers, um cartaz deveria apresentar apenas uma ideia ou o tema expresso no fil- me que cativaria a imaginação.” (Pôster do filme “Vertigo” de 1958)