Revista Tecnicouro - Edição 313: comepleta Ed. 316 - completa (Jan/Fev) – 2020 | Page 82

ARTIGO Materiais e métodos Para a determinação do índice de amortecimento são utilizadas plataformas de força, como mostra a Figura 2: na qual também se observa um sistema de fotocélulas para determinação da velocidade do modelo. Modelos femininos executam os testes a 4 km/h. Foram realizados testes com três modelos diferentes (indivíduos) para cada calçado. O teste é feito primeiramente com o modelo descalço e depois com o modelo calçado. O índice de amortecimento é relativo à média dos resultados dos três modelos. [ [ Índice de amortecimento = TAPc - TAPd x 100% , TAPd onde TAPc é o valor da TAP com calçado e TAPd é o valor da TAP descalço. O índice de amortecimento é apresentado em %. Figura 2 - Força de reação do solo (FRS). (a) plataformas de força e (b) curva característica de força x tempo. A primeira derivada matemática é a TAP (Taxa de Aceitação de Peso) e está associada à absorção de impacto (ou amortecimento). As plataformas de força usadas neste estudo apresentam frequência de ressonância 570 Hz no eixo y, taxa de aquisição de 2 KHz e incerteza de medida da força na faixa de ± 0,5%. O software de aquisição e processamento de dados foi desenvolvido no próprio IBTeC, na linguagem Delphi, e as plataformas de força e o software (conjunto) foram calibrados contra pesos mortos calibrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Senai/Cetemp, São Leopoldo,RS. Os calçados utilizados nesse estudo são femininos, de referências de empresas parceiras do IBTeC. Os modelos humanos utilizados neste estudo se submeteram a uma avaliação biomecânica prévia e estão habituados com os ensaios de conforto realizados no Laboratório de Biomecânica do IBTeC. Resultados e Conclusões A Tabela 1 mostra o resultado do índice de amortecimento de 44 chinelos femininos ensaiados. Pode-se observar que existe uma variedade de valores no que diz respeito ao índice de amortecimento que vai de cerca de 7% a 63%, mostrando um espectro muito amplo, ou seja, chinelos que praticamente não absorvem o impacto e chinelos que absorvem muito bem esse impacto que é produzido pelo calcâneo no momento do contato com o solo. Cerca de 10 calçados possuem o solado mais grosso no calcanhar, como exemplifica a Figura 3(a). A média do amortecimento desses calçados foi de 57% o que significa um bom desempenho no quesito amortecimento. Os chinelos com solado plano tiveram uma média de 35%. 82 • janeiro | fevereiro