Revista Tecnicouro - Edição 313: comepleta Ed. 315 - completa (Nov/Dez - 2019) | Page 94

TRANSPARÊNCIA NA MODA via sistema de rastreamento de peças O Instituto Alinha, em par- ceria com o Instituto C&A, lançou uma forma de ras- trear a produção de roupas usando blockchain - tecnologia que permite a criação de uma base de registros e dados imutáveis, armazenados de for- ma distribuída e visível a todos, como medida de segurança, e ao final publi- ca as informações sobre essa produ- ção, visando a ajudar as marcas a se tornarem cada vez mais transparen- tes, e garantir condições de trabalho decentes na cadeia. ¨Segundo o presidente do Ali- nha, Dari Santos, o sistema garante a transparência entre as marcas e seus consumidores, além da rastreabilida- de do processo produtivo das peças, atestando as condições justas de tra- balho dos colaboradores. “A concep- ção do blockchain exclusivo para a moda nasceu da demanda de consu- midores interessados em ter conhe- cimento sobre a história das roupas que estão comprando e, consequen- 94 • novembro | dezembro temente, vestindo”, contextualiza o executivo. Os benefícios são tanto para os trabalhadores e consumidores, quan- to para as marcas. Além de construir uma relação de transparência com seus clientes, também será possível acompanhar seus pedidos por meio da mesma tecnologia, contribuindo para uma melhor gestão da produ- ção. E, por ser um sistema de registro compartilhado e imutável, trata-se também de uma forma segura de re- gistrar e compartilhar os processos da cadeia de produção. Para ter acesso à ferramenta, marcas e confecções precisam se ca- dastrar e aderir a um dos planos da Alinha. Dessa forma terão acesso à etiqueta Alinha. Depois disso, a em- presa interessada registra as infor- mações sobre suas peças no sistema e seleciona uma das oficinas listadas para receber o pedido. Após o cadas- tro, a ferramenta enviará uma notifi- cação ao costureiro responsável pela produção selecionada, que, por sua vez, analisará as condições de con- tratação e, se aprovadas, confirma a solicitação. Com essa validação, a TAG Alinha é gerada com o código de rastrea- mento do produto, que fica disponível para download das marcas para se- rem inseridas nas peças. Com a TAG em mãos, o consumidor adiciona o número do código no site da Alinha, em uma área dedicada para o rastre- amento do produto, e, enfim, conhece a história da sua peça adquirida. “Acreditamos que a indústria da moda tem o poder e a capacidade de ser uma força para o bem comum e entendemos que o blockchain é uma ferramenta importante, que nos aju- dará a fomentar ainda mais a trans- parência. Estamos muito felizes por poder fazer parte desse processo de mudança no setor, mas sabemos que ainda há muito a ser feito”, conclui a diretora executiva do Instituto C&A, Giuliana Ortega.