Revista Tecnicouro Ed. 327 Novembro - Dezembro 2021 | Page 69

Federal para a ciência . O RS capta do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ( CNPQ ) em torno de 10 % do seu orçamento . O volume de recursos do CNPQ , ligado ao Ministério da Ciência , Tecnologia e Inovações para este ano é de R $ 1,3 bilhões - o RS receberá em torno de R $ 130 milhões .
O aspecto positivo é que pelo menos o governo estadual sempre repassou o que ficou acordado . Os repasses sempre foram feitos de forma regular . Com isto , a Fapergs não tem nenhum compromisso assumido que não tenha conseguido honrar . Mesmo com recursos reduzidos , conseguimos manter a liberação de recursos para financiamento de projetos de pesquisa .
Quando o assunto é recursos para a inovação , a resposta é que a Fapergs não tinha programas de incentivo para esta finalidade . Hoje , em parceria com da Financiadora de Estudos e Projetos ( Finep ), tem o Programa Tecnova . Com recursos próprios , a fundação tem programa que estimula a criação de empresas por doutores . “ Hoje , são 20 empresas que estão demonstrando potencial muito grande ”, informou Odir .
Ele afirmou ainda que “ temos programa de incentivo à criação de empresas a partir de ideias inovadoras , também com recursos do Finep e apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ( Sebrae ) e do Badesul Desenvolvimento - Agência de Fomento / RS . “ Estas são as formas como a Fapergs consegue estimular um pouco a inovação nas empresas ”, descreveu .
Lembrando que a Secretaria de Inovação , Ciência e Tecnologia ( SICT ), recriada pelo governo Eduardo Leite ( PSDB ), vem fazendo um trabalho intenso para apoiar as empresas gaúchas , destacou uma iniciativa recentemente anunciada pelo governo do Estado , que é o apoio a clusters tecnológicos . “ A instituição tem a previsão de recursos de R $ 24 milhões para 2022 , para apoiar a criação de clusters em diferentes pontos do Estado ”, anunciou .
Odir Dellagostin chamou a atenção ainda para o fato de que “ a inovação não acontece na universidade ; ela acontece na indústria ”. E disse entender que estamos no caminho certo , ainda em um passo muito lento em função da pouca disponibilidade de recursos . Falou da dificuldade de compartilhamento de informação entre as empresas e o setor de pesquisa . “ Precisamos estreitar a relação e estabelecer um canal de comunicação efetivo entre pesquisadores e o setor empresarial , que tem a responsabilidade de tentar se comunicar de uma forma efetiva com o setor acadêmico , para que a gente consiga ter avanços mais significativos ”, pondedrou .
Odir prega que “ o Brasil precisa de mais investimentos em pesquisa e inovação para que possamos ter uma realidade mais adequada . Estamos muito abaixo do 1,2 % do PIB que deveria estar sendo aplicado em pesquisa e inovação ”, reclamou o diretor presidente , que fez ainda um relato de todos os programas e ações que a Fundação tem em andamento , e sobre os projetos para 2022 .
O presidente do IBTeC , Paulo Griebeler , agradeceu à disponibilidade e à apresentação dos debatedores , ratificou a altíssima relevância dos dois órgãos de fomento à pesquisa e inovação e endossou as críticas que Odir fez ao corte de R $ 600 milhões em recursos que seriam para o fomento à pesquisa .
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