COLUNA
EPI s
Proteção contra calor:
norma para vestimentas
ABNT NBR ISO 11612 e suas abrangências
Manuela Almada Alves
supervisora técnica Laboratório EPI Luvas e Vestimentas
A
s fontes geradoras de calor na indústria são va-
riadas e distintas e podem expor o trabalhador
a grandes riscos. O calor pode causar danos
através da utilização, por exemplo, de um forno com altas
temperaturas, caldeiras, contato com peças quentes, com
metais líquidos, entre outros. Para assegurar que o equi-
pamento de segurança proporciona a proteção adequada
ao trabalhador, existem normas exigidas no Brasil como
a ABNT NBR ISO 11612, que abrange e testa os diferentes
tipos de calor nas vestimentas de proteção para o corpo
(exceto mãos e pés).
A finalidade desta Norma Internacional ABNT NBR ISO
11612 é proporcionar requisitos de desempenho mínimo
para roupa de proteção contra calor e chama que pode ser
usado para uma vasta gama de finalidades de usos. A nor-
ma também inclui requisitos de resistência mecânica para
este tipo de material e testa o desempenho após realização
da higienização indicada pelo fabricante, que garante a
proteção mesmo após processos de limpeza.
A norma inclui os seguintes testes para verificação do
desempenho contra o calor: verificação da propagação de
uma chama controlada, em que se conclui se a vestimenta
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possibilita a extinção da chama e o tempo para tal; resistên-
cia ao contato com calor em temperatura de 250ºC e tempo
para passagem deste calor pelo material; resistência ao ca-
lor de convecção que, através da aplicação de uma chama
controlada, verifica-se o tempo para um aumento em 24ºC
da temperatura inicial da vestimenta; resistência ao calor
por radiação que, através da aplicação de uma radiação
controlada, verifica-se o tempo para um aumento em 24ºC
da temperatura inicial da vestimenta; e resistência ao me-
tal fundido, teste realizado através do derramamento dos
metais fundidos líquidos Alumínio e/ou Ferro e simulação
de um possível dano à pele.
O ensaio pode ser realizado em apenas um dos testes
acima mencionados, ou em todos, conforme a aplicação
final. De acordo com os resultados nos ensaios, a norma
enquadra o material em três níveis de desempenho para
calor e chamas, sendo o nível 1 para indicar exposição à
percepção de risco baixo, nível 2 para indicar exposição à
percepção de risco médio e nível 3 para indicar exposição à
percepção de risco alto. Para riscos mais específicos como
de soldagem, arco elétrico, entre outros, existem outras
normas focadas para estes fins.