CHATBOTS
Criador de chatbots como a boneca Lu,
da Magazine Luiza, Rodrigo Scotti, CEO da
Nama, abordou o tema Inteligência Artifi-
cial. Fazendo um histórico do desenvolvi-
mento do conceito, Rodrigo destacou que
o mundo vive uma evolução exponencial
das tecnologias e que é preciso acompa-
nhar a tendência. Ressaltando dados de
estudos da Mobile Trend, apontou um
crescimento de mais de 350% na utiliza-
ção dos chatbots no último ano. Segundo
ele, os aplicativos de mensageria ultra-
passaram as redes sociais ainda em 2015,
então o mais indicado como canal de rela-
cionamento, atendimento e vendas com o
cliente é justamente o chat, de preferência
aliando inteligência artificial e o trabalho
humano, aumentando consideravelmen-
te a conversão de vendas. O palestrante
descreveu, ainda, os cases da Nama, com
o desenvolvimento de chatbots para a Ma-
gazine Luiza e para o Governo do Estado
de São Paulo (Poupatempo). Com o pro-
jeto em parceria com a gigante do varejo
nacional, ele relatou que foram mais de
1,2 milhão de mensagens nos sete meses
iniciais, especialmente para questões re-
lativas a status de pedidos, com 94% das
solicitações online atendidas pela sim-
pática boneca Lu, que ainda virou garota
propaganda da Magazine Luiza. Já com o
Poupatempo, chatbot para agendamentos
de serviços do Governo do Estado de São
Paulo, foi gerada uma economia de mais
de R$ 18 milhões em atendimentos que se-
riam realizados por humanos. Além disso,
Rodrigo ressaltou o ganho pela integração
com o sistema de dados, o que agilizou os
trâmites burocráticos.
POSICIONAMENTO
Encerrando as palestrantes da manhã,
Leonardo Haushild, diretor da Marke, listou
dicas para se destacar no ambiente digital:
manter o site organizado e atualizado;
saber utilizar o Analytics, do Google, para
mensurar a performance; escolher o tipo
de anúncio correto dependendo da estra-
tégia da marca, se é mais para posiciona-
mento (orgânico) ou engajamento (pago);
criar um blog da página para aumentar a
indexação no Google; criar uma palavra-
chave adequada (neste caso, sugere o au-
xílio da ferramenta Key Word Planner, do
Google); saber a localização da página na
busca do Google para adotar a estratégia
adequada de divulgação (92% dos usuários
do site de busca não passam para a segun-
da página da lista); manter o site no mesmo
endereço por, pelo menos, seis meses, para
entrar na ranqueamento do Google. “Por
fim, jamais deixem o site com ‘Página em
Construção’, isso derruba qualquer ranque-
amento”, concluiu.
periência de compra do que na posse dos
produtos. Citando o conceito D2C (direct
to consumer), destacou que o varejo físico
deve ser um complemento do online, es-
pecialmente no quesito experiência. “O e-
commerce deve descer para o físico”, disse,
destacando cases de sucesso na questão,
como o da Insecta Shoes e da Vinci Shoes,
empresas que criaram um vínculo com os
consumidores nas plataformas online e a
partir daí lançaram ambientes físicos para
relacionamento e experiência de compra.
REALIZAÇÂO
Trazendo elementos de mágica - uma
das tantas atividades exercidas pelo pa-
lestrante -, Sílvio Nunes ressaltou a impor-
tância de se fazer o que gosta, mesmo sem
um objetivo, citando a trajetória do criador
da Apple, Steve Jobs. “Ele se formou em
Caligrafia, porque gostava disso. Não usou
para nada naquele momento, mas poste-
riormente a matéria foi importante para
que criasse todo o sistema de fontes do sis-
tema de computação”, disse. “Tenha hob-
bies, experimentem-se, nem tudo precisa
ter um sentido imediato”, finalizou.
MARKET PLACE
Apresentando o caso da Triider, o dire-
tor da empresa, Juliano Murlick, falou so-
bre os desafios da implementação de um
market place com o exemplo da sua em-
presa, especializada em conectar usuários
que buscam profissionais para serviços de
reparação doméstica. “Comecei a empre-
endedor com 36, 37 anos. Não é coisa de
jovem, é coisa de quem tem visão”, disse,
destacando que a plataforma vem em
crescimento e deve se expandir para mais
cinco capitais ainda este ano – atualmente
tem serviços em Porto Alegre/RS. Segundo
Juliano, no ano passado foram mais de 80
contratações por dia, de diversos serviços,
sendo que 50% dos usuários eram recor-
rentes, ou seja, acabam fidelizados pela
plataforma.
EXPERIÊNCIA DE COMPRA
Guide Shops foi o assunto da palestra
de Gustavo Reis, criador da Vnda Ecom-
merce. Ele falou sobre o papel a impor-
tância da sinergia entre varejo físico e on-
line, ressaltando a mudança no perfil dos
consumidores, mais interessados na ex-
SUSTENTABILIDADE
Trazendo o case da Farm, Pedro Hor-
ta, coordenador de Sustentabilidade do
Grupo Soma, destacou que a sustentabili-
dade deve estar na cultura da empresa e
não ser apenas um discurso. “As empresas
precisam entender que vivemos na era da
informação, os consumidores buscam mais
do que um produto”, disse. E é justamente
isso que a Farm realiza, criando um life
style também de acordo com a filosofia da
empresa, de contato com a natureza e pre-
servação dos recursos naturais. Pedro citou
projetos da empresa, que busca fornece-
dores alinhados à filosofia da empresa, ao
consumo consciente, parcerias para rea-
proveitamento das roupas, upcycling, uso
racional de matérias-primas, entre outros.
E-COMMERCE
O dia intenso de conteúdos encerrou
com o gerente de desenvolvimento de ne-
gócios da Vtex, Danilo Erlam, que falou so-
bre o e-commerce cross-border. “Hoje 20%
do total faturado no e-commerce brasilei-
ro sai do País, para empresas estrangeiras”,
disse, ressaltando que as empresas inter-
nacionais vendem aqui, mas que as empre-
sas brasileiras ainda engatinham lá fora.
Segundo ele, o e-commerce norte-ame-
ricano já movimento mais de US$ 500 bi-
lhões por ano, sendo 45% deste montante
comercializado por lojas internacionais. “É
um atrativo para empresas brasileiras que
desejam conquistar espaço naquele mer-
cado”, destacou, citando formas de entrada
no comércio digital internacional. Danilo
disse, ainda, que o processo é muito menos
burocrático e oneroso do que se imagina e
que não é necessário ter registro no Sisco-
mex para trabalhar na modalidade.
setembro | outubro •
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