Revista Sesvesp Ed.115 - setembro / dezembro 2013 | Page 3
EDITORIAL
Segurança Privada, de
prontidão contra a violência
N
José Adir Loiola
Presidente do SESVESP
Neste País
amedrontado
pela violência,
todos os
esforços
devem ser
empreendidos
para oferecer
alguma
segurança
aos cidadãos.
Qualquer
medida nesse
sentido será
sempre bemvinda”
otícias sobre violência no País
se multiplicam com espantosa velocidade, enchem páginas
de jornais e noticiários de rádios e tevês e
se alastram pelo mundo via internet para
mostrar o lado cruel de nossa realidade.
Ao mesmo tempo, o governo do Estado
divulga mensalmente suas estatísticas e
tenta provar que a situação não é tão feia
assim, que tal crime caiu tantos pontos,
outros subiram um pouco, recheados sempre com um discurso que tenta aparentar
uma evolução no combate à criminalidade.
Nada contra as estatísticas ou os discursos oficiais; afinal, a população deve
mesmo ser informada sobre um setor tão
delicado. O que importa é a sensação de
insegurança da população. Repetimos que,
mais relevante do que divulgar índices, é
aparelhar melhor as polícias nesta guerra
sem fim contra a criminalidade.
Numa das últimas pesquisas consta,
por exemplo, aumento de roubos a bancos
e de carga, além do latrocínio, o que mais
assusta. Vamos deixar claro que a Segurança Privada tem cumprido seu papel em
todos os segmentos de sua atividade, com
treinamentos cada vez mais intensivos de
nossos funcionários e aperfeiçoamento de
técnicas para a proteção de pessoas e de
patrimônio.
É o caso de nossa atuação nos bancos
que, por sua vez, investem cada vez mais
pesado em equipamentos eletrônicos de
segurança. Se assim é, como explicar tantos
roubos às agências de instituições financeiras? Primeiro, a constatação de que o
policiamento é insuficiente. Evidente que
não se pode ter uma viatura policial em
cada agência à noite, quando ocorre a maioria dos ataques aos caixas eletrônicos, por
exemplo. Porém, fosse maior o contingente
e a circulação de policiais, menor seria o
espaço para a atuação dos bandidos.
No caso do roubo de cargas, o mercado
busca soluções para enfrentar o problema,
com sistemas de rastreamento por GPS,
serviços de segurança particulares, travas
de direção etc. Mas todos concordam que
uma medida simples pode diminuir a exposição da empresa a esse risco: a escolha
da transportadora a ser contratada para
fazer a entrega. Pois só uma transportadora de qualidade escolherá também uma
escolta armada regular e profissional para
proteger sua carga.
Afinal, as empresas precisam se conscientizar de que há um custo adicional a ser
incorporado à sua planilha de gastos: o da
perda de mercadorias em roubos de cargas.
O Brasil tem prejuízos enormes com essa
modalidade de crime. Mas, como esse é o
País do jeitinho, muitas transportadoras
acabam contratando empresas irregulares ou clandestinas para fazer a escolta,
dessas sem o menor preparo para cuidar
da segurança.
De toda forma, as empresas sérias registraram um crescimento de 5 a 7% no
segmento de escolta armada nos últimos
cinco anos, apesar de uma concorrência
sempre desleal. E também temos de destacar uma atuação mais incisiva das polícias brasileiras para ajudar a coibir o roubo
de carga.
Neste País amedrontado pela violência,
todos os esforços devem ser empreendidos
para oferecer alguma segurança aos cidadãos. Qualquer medida nesse sentido será
sempre bem-vinda, pois a criminalidade
se espalha com rara desenvoltura.
A Segurança Privada é parte importante dessa cruzada. Desenvolvida por
empresários devidamente habilitados,
com suas empresas especializadas, essa
atividade protege pessoas, patrimônio,
transporta valores, apoia o transporte
de cargas e complementa as ações de
segurança pública. Além de formar profissionais capacitados.
Afinal, é nossa missão, pela qual temos
tanto orgulho.
setembro / dezembro 2013
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