Revista Sesvesp Ed. 98 - Setembro / Dezembro 2010 | Page 45

ARTIGO Como reduzir custos de operação com uma gestão integrada H Ronaldo Weck Graduado em Administração de Empresas / Análise de Sistemas (PUCRS), pós graduado em Sistemas de Informações e Telemática (UFRGS) e Marketing de Serviços (ESPMRS). É Diretor de Negócios das empresas Solução Informática e Solução Sistemas. á até 15 anos atrás as empresas de segurança patrimonial não se preocupavam muito em controlar seus custos, pois os lucros eram bons e certos e a concorrência não era tão acirrada. Bastava então adotar a fórmula mágica do “fator K” que tudo estava resolvido. Simples e direto, se era 2.8, 3.0, etc., bastava multiplicar este índice pelo salário do vigilante para encontrar o preço do serviço e o lucro era certo, ou quase. Com o tempo, já com a estabilidade da economia e a contenção da inflação e ainda com o aumento da concorrência, as planilhas de custo começaram a ser adotadas, pois as margens de lucro também diminuíam e era primordial conhecer melhor seus custos. Inicialmente usadas para que o empresário tivesse a certeza de que todos os itens de custo do serviço fossem repassados para o preço final e posteriormente objetivando apresentar maior transparência para o contratante. Hoje, as planilhas de custo são uma unanimidade, ferramentas básicas para qualquer empresa que atue neste mercado. Contando com os serviços de especialistas em custos, as planilhas estão cada vez mais elaboradas e detalhadas e com isso a questão da formação do preço de venda está bem resolvida. Mas e os custos efetivamente realizados? Será que existe a garantia de que no dia a dia das operações não estamos extrapolando os itens cuidadosamente orçados nas planilhas? Será que podemos disparar uma trava de segurança cada vez que vai se gastar mais vale alimentação do que está orçado para um posto, por exemplo? E tem ainda os custos administrativos. Será que não há espaço para reduzi-los? Existem alguns custos que costumo chamá-los de visíveis e invisíveis que são inerentes a este negócio e que se você puder eliminá-los ou gerenciá-los terá como conseqüência um aumento da margem de lucro. Mas que custos são estes? Custos Visíveis. São de fácil mensuração e identificação. São caracterizados por horas despendidas em tarefas de apoio e podem ser integralmente eliminados. São eles: * Conferência do cartão ponto pelo Operacional * Controle de vencimentos de reciclagens * Apuração e cálculo do cartão ponto pelo RH * Levantamento de horas extras a faturar * Digitação das horas na folha pelo RH * Controle do custo da frota * Apuração, distribuição e compra de Vale Transporte * Preparação e emissão de escalas * Apuração, distribuição e compra de Vale Alimentação * Preparação e emissão das folhas ponto * Controle de vencimentos de exames e documentos * Digitação de dados no PGD (Gesp) Custos Invisíveis. São de difícil mensuração e por isso mesmo, na maior parte das vezes, não são tratados. Devem ser gerenciados e não raras vezes podem também serem eliminados: * Ociosidade de funcionários * Gerenciamento de faltas abonadas * Coberturas com funcionários com horas “estouradas” * Administração de faltas justificadas * Serviço extra não faturado ou faturado com atraso * Manutenção, controle e localização de equipamentos * Entrega de material além do orçado REVISTA SESVESP | SETEMBRO / DEZEMBRO 2010 45