Revista Sesvesp Ed. 98 - Setembro / Dezembro 2010 | Page 28

EVENTO EVENTO Lilian Ferracini Em sua palestra, Victor Saeta de Aguiar abordou os seguintes pontos: 1) O papel da Segurança Privada no Brasil é complementar a segurança pública na proteção às pessoas e do patrimônio e integrar-se à Segurança Pública para contribuir na redução da criminalidade; 2) A Legislação Federal, no Brasil, contempla na segurança privada cinco áreas de atuação: * Patrimonial * Segurança Pessoal * Escolta Armada * Transporte de Valores * Cursos de Formação (empresa específica) * (Segurança Eletrônica será incluída no Estatuto que está sendo discutido no Senado). 3) As exigências para o profissional da segurança privada são: capacitação profissional e reciclagem permanente de conhecimentos. Além disso, os profissionais devem sempre portar: * CNV - Carteira Nacional do Vigilante (validade de quatro anos) ou protocolo de sua solicitação; * Crachá (validade de seis meses); * Uniforme autorizado; * Armamento e colete quando em serviço. Em postos armados, é obrigatório o uso do Colete àProva de Balas pelos vigilantes somente quando estiverem portando armas de fogo (Portaria 191, de 04.12.06 - MTE). Os problemas decorrentes da informalidade nos serviços de vigilância privada são: �Para a economia do país: • não arrecada tributos para o Estado; • gera trabalho informal; �Para o setor legal de segurança privada: • concorrência desleal e impedimento do crescimento do setor formal; • danos à imagem do setor de segurança privada; �Para a segurança pública; • Ameaça aos direitos e liberdades civis. O responsável pela fiscalização é o Departamento de Polícia Federal através das Delesps - Delegacias de Controle da Segurança Privada e Comissões de Vistoria. Essas unidades respondem pela fiscalização, autuação de empresas irregulares, encerramento de atividades clandestinas. O evento teria sido um sucesso absoluto, se um incidente não houvesse atrapalhado. O congresso foi boicotado pela Chefia do Departamento de Controle de empresas de Segurança Privada de Santa Cruz, cujo titular não titubeou em comunicar direta e indiretamente aos distintos empresários locais que se abstivessem de assistir o III Congresso de Segurança Privada da Bolívia, sob pena de sofrerem represálias contra o funcionamento da seguran28 REVISTA SESVESP | SETEMBRO / DEZEMBRO 2010 Mesa de abertura Victor Saeta de Aguiar durante sua palestra Anibal Sapriza Nunes também palestrou ça privada. Não titubeou, tampouco, em definir o evento democrático, cidadão e acadêmico como ilegal, por não contar com sua autorização. Diante desse fato, a Fesesul e a Fepasep encaminharam um ofício ao Presidente da República, Evo Morales, relatando o infeliz acontecimento e pedindo uma investigação administrativa para apurar os fatos e tomar as medidas correcionais cabíveis.