Revista Sesvesp Ed. 159 | Page 7

privada . Ele traz novas tecnologias , novas atividades , novos profissionais , novas formas de trabalho e , principalmente , novas formas de instrumento de combate à clandestinidade ”, destacou Maddarena . O texto nasceu do trabalho conjunto dos órgãos públicos , entre os quais a Polícia Federal , associação dos trabalhadores , dos empresários e das instituições financeiras e atende não apenas os interesses setoriais , mas também o interesse social . João Palhuca reforçou que o PLS , conhecido como Estatuto da Segurança Privada , traz benefícios para a melhoria do serviço e que , se aprovado , a Polícia Federal terá uma ferramenta extraordinária para fiscalizar . “ Teremos muito mais trabalhos positivos no campo dos direitos humanos . A maioria dos casos de abuso contra minorias é praticada por empresas clandestinas .” O presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes ( CNTV ) concordou com a necessidade da modernização da legislação , “ mas sem perder as suas referências , que é o controle centralizado e que é o controle estatal ” para não haver retrocessos . Boaventura contou que iniciou seu trabalho no ramo da segurança antes da Lei n . 7.102 / 1983 e que havia controles estaduais , em alguns casos da própria polícia estadual e a própria polícia fazendo a segurança privada . “ Consequentemente não abrimos mão desse controle nacional . Entendemos que essa legislação também deve manter e aprofundar o caráter civil da segurança privada .” O coordenador do grupo de trabalho do CNJ sobre serviços de segurança privada , Mário Guerreiro , afirmou que o Conselho poderá contribuir para o debate da proposta legislativa por meio de notas técnicas sobre projetos de lei em andamento . “ A questão da legislação já bastante velha e ultrapassada necessita realmente de uma evolução . Um dos produtos que podemos entregar a partir da audiência pública é uma nota técnica sobre aquilo que está sendo discutido no Congresso Nacional a respeito do tema . Claro que o CNJ gostaria de avançar nesse tema e entregar uma solução para a sociedade melhor do que aquela que temos hoje .”
FORMAÇÃO Hoje , para se tornar um profissional da segurança privada , a pessoa tem de fazer um curso de formação de vigilante , com 200 horas / aula , além de treinamentos de reciclagem a cada dois anos . O presidente da Associação Brasileira de Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes ( ABCFAV ), Ricardo Correa , afirmou que os cursos estão mais focados na realidade que o profissional encontra no dia a dia do trabalho . “ Os cursos de formação têm a condição de agregar valor não apenas no combate ao racismo , mas também a outros tipos de preconceito ”, ressaltou . O representante da ABCFAV também apresentou o projeto “ Selo Segurança sem Preconceito ”, idealizado em conjunto com a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores ( Fenavist ) e o Movimento AR . A iniciativa visa reduzir a violência contra pessoas LGBTQIA +, negras e que fazem parte de outros grupos alvos de discriminação . Representando a Ordem dos Advogados do Brasil ( OAB ) seccional São Paulo , Alberto Felício Junior , que integra o Conselho de Prerrogativas e é vice-presidente da Comissão Especial de Segurança Privada , usou seu tempo para criticar o uso da força desmedida contra pessoas negras . “ A Ordem dos Advogados do Brasil repudia toda e qualquer forma de racismo e constrangimento ilegal .”
SEGURANÇA PRIVADA
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