POLÍTICA
BOLSONARO SANCIONA FUNDO ELEITORAL DE
R$ 2 BILHÕES
Sem vetos, o presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) sancionou
a Lei Orçamentária Anual (LOA)
de 2020, com previsão de recei-
tas e despesas totais de R$ 3,687
trilhões. O projeto foi aprovado em
19 de dezembro pelo Congresso
Nacional e destina R$ 2 bilhões
para o fundo público que financiará
as campanhas eleitorais deste ano.
O valor está bem abaixo do que
os parlamentares defendiam – R$
3,8 bilhões, mas a repercussão
negativa na sociedade tornou in-
viável a proposta. Em transmissão
nas redes sociais, Bolsonaro justi-
ficou que o veto ao fundão poderia
se voltar contra ele, tornando-se
alvo de um processo impeachment
por crime de responsabilidade.
O presidente reforçou que não
tinha responsabilidade sobre o
valor aprovado pelos congres-
sistas. E sugeriu que os contrá-
rios deveriam ter se mobilizado
quando estava em discussão no
Legislativo. “Eu estou vendo na
internet uma campanha muito
salutar: não vote em quem usa o
fundão”, declarou o presidente
antes de sancionar a lei.
As eleições municipais – prefeito
e vereadores – serão em outubro.
O primeiro turno acontecerá no dia
4 . O segundo turno, somente para
prefeito em municípios com mais
de 200 mil eleitores, ocorrerá no
dia 25. A Justiça Eleitoral espera
receber cerca de 500 mil registros
de candidaturas.
Presidente Jair Bolsonaro: “estou vendo na internet uma campanha muito salutar: não vote em quem
usa o fundão”.
CARTÃO VERMELHO
Em entrevista ao Estado de S.
Paulo, Jair Bolsonaro afirmou
que demitirá ministro que usarem
o cargo e as ações de suas pastas
para se promoverem eleitoralmen-
te em suas regiões. O presidente
não citou nomes, mas que deixou
claro que dará “cartão vermelho”
para quem for flagrado.
As eleições municipais não
devem contar com candidaturas
da Aliança pelo Brasil, partido
fundado pelo presidente, por uma
simples razão: os apoiadores
não terão tempo para recolherem
as assinaturas para homologar
a legenda no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
Bolsonaro evitou qualquer
posicionamento sobre as eleições
municipais e admitiu ter conversa-
do com o apresentador José Luiz
Datena sobre a possibilidade de
sua candidatura à Prefeitura de
São Paulo.
Segundo o noticiário político,
quatro partidos procuraram Da-
tena: PSB, PP, MDB e Republi-
canos. Há também a especulação
de o apresentador ser o vice do
ex-governador Márcio França
(PSB), que venceu o governador
João Doria (PSDB) na capital
quando da disputa ao Palácio dos
Bandeirantes em 2018.
Revista SESVESP
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