EDITORIAL
REFORMAS PREVIDENCIÁRIA E TRIBUTÁRIA
SÃO AS PRIORIDADES DO BRASIL
A
pesquisa “Expectativas do empresariado para o País e os seus negó-
cios”, organizada ao início do governo Bolsonaro pela consultoria
Deloitte, ouviu executivos de 826 empresas e apontou que as refor-
mas tributária (93%) e previdenciária (90%) devem ser prioridade
do Planalto.
O segmento da Segurança Privada está em sintonia com esse pensamento. A
reforma da Previdência é mais do que necessária e é preciso que o Congresso
Nacional perceba o grau de importância do momento e aprove o quanto antes
a matéria.
No entanto, sabemos que o governo também já tem sua proposta de reforma
Tributária, tão ou mais importante para a garantia da atividade produtiva. A
atual formatação da carga tributária impede de que o país avance nos números
de seu Produto Interno Bruto. Esses resultados estão aí, presentes em nosso
dia a dia, e apontam um quadro que torna o novo desenho dos impostos mais
do que necessário. Maior produção, aumento no número de contratações e de
oportunidades de trabalho certamente virão dessa ação.
Mas o que se percebe, mais uma vez, é que os congressistas determinam a
prioridade de suas pautas conforme suas convicções e interesses. Contudo,
precisamos lembrar que eles devem levar em conta o bem maior da nação.
Precisam abrir suas mentes para as propostas que realmente poderão acelerar
a economia nacional. A seriedade desse momento exige dos parlamentares
concentração absoluta no desenho proposto pelo Governo para este fim, dei-
xando em segundo plano as iniciativas de menor relevância nacional.
O apelo do empresariado, incluindo os que atuam no setor da Segurança Pri-
vada, é no sentido de dar um basta às especulações e controvérsias criadas
nesses primeiros meses de mandato. Esse ambiente de conflito não ajuda em
nada o país. O trabalho e a definição clara das pautas essenciais é que irão
propiciar a retomada dos investimentos, com a consequente geração de em-
pregos. Também precisamos ter em mente que as empresas brasileiras care-
cem de segurança jurídica para seu planejamento de desenvolvimento e de
crescimento. Esteio principal de qualquer projeto de crescimento.
João Eliezer Palhuca,
Presidente do SESVESP
A pesquisa e o empresariado já se manifestaram sobre os caminhos pelos
quais o governo e políticos devem seguir para reencontrar o caminho do cres-
cimento de nossa economia. Entre eles, questionar o próprio tamanho e efici-
ência do Estado, que deveria concentrar seus recursos na educação, saúde e
segurança pública e deixar a iniciativa privada cuidar das áreas que não são
exclusivas do Estado. Por fim, o levantamento também indica com clareza
entre suas prioridades a continuidade da luta contra a corrupção, tema que
também conta com todo o nosso apoio e energia.
Revista SESVESP
3