Revista Sesvesp Ed 145 | Page 24

NOTÍCIAS ABREVIS A REFORMA DA PREVIDÊNCIA. UMA NECESSIDADE IMEDIATA. Passados pouco mais de cem dias do novo Governo Federal, as dificuldades de composição política se afloram, em especial à urgente e necessária Refor- ma Previdenciária, que se faz imperio- sa para a sobrevivência do nosso país. As instituições precisam estar mais do que nunca alinhadas à essas refor- mas. E por esta razão, por considerar de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável do país, a ABREVIS apoia os esforços do Go- verno para efetivação de uma Reforma da Previdência justa e necessária. Segundo dados oficiais, houve um crescimento significativo nas contas da previdência. Há mais de 20 anos, a previdência entrou em déficit, ou seja, passou a gastar mais do que conseguia arrecadar, o que se agravou com a cri- se econômica deflagrada em 2015, que aumentou o desemprego, diminuindo assim o número de contribuintes para a previdência. Sem contar que o Brasil aos poucos passa de um país de jovens para um país de idosos, conforme a expectati- va de vida aumenta e a taxa vegetati- va da população diminui, chegaremos em breve a um cenário de muitos tra- balhadores inativos sustentados por poucos trabalhadores ativos. Por isso, uma Reforma da Previdência Social é vista como inevitável, assim como foi em outros países em todo o mundo nas últimas décadas. Além do que, a média de idade com que as pessoas se aposentam no Bra- sil é de 58 anos. Esse número é ainda menor entre os que se aposentam por tempo de contribuição: 56 anos para 24 Revista SESVESP os homens e 53 anos para as mulheres. Vários países do mundo já adotam ida- de mínima de 60 anos ou mais. Para tanto, a ABREVIS apoia e defen- de alguns pontos importantes que de- vem ser contemplados nas discussões sobre o texto da Reforma, tais como: Idade mínima: Atualmente o modelo de previdência permite a aposenta- doria por tempo de contribuição. Isto acarreta idades muito baixas, inclusive aposentados com menos de 50 anos. Isto traz distorções no regime de pre- vidência. Em que pese o processo de transição proposto, acreditamos que a melhor fórmula seria a estipulação imediata da idade mínima para apo- sentadoria, uma vez que a grande mas- sa já se aposenta por idade e não por tempo de contribuição. Regimes igualitários: No cenário atual, os regimes de previdência dos servidores públicos (RPPS) são mais generosos que o regime do setor pri- vado (RGPS), a proposta de equilíbrio entre as contribuições e o tamanho do salário ainda precisa ser bem estudada. O ideal seria uma convergência plena entre os dois regimes o quanto antes, acreditamos que o prazo de transição poderia ser mais célere. Regime único: Verificamos que ainda há distinções entre as idades e os regi- mes de trabalhadores rurais, professo- res, policiais e militares (que não estão contemplados no texto inicial). Enten- demos que deveria haver um regime único, sem distinções entre profis- sões, conforme já exposto, a socieda- de é quem contribui para o regime da previdência, e não nos parece lógico, José Jacobson Neto, presidente da ABREVIS algumas profissões terem benefícios antecipados. Veja que o texto já con- templou os parlamentares, que perde- ram a aposentadoria especial. A ABREVIS está atenta e continuará monitorando o processo da reforma, pois é sabido que durante a tramitação muitos ajustes serão feitos. Vamos à luta por um país melhor e sustentável!