Revista Sesvesp Ed 139 - Page 14

REGULAMENTAÇÃO

ABNT APRESENTA NORMA SOBRE BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE EVENTOS

A

ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas ) finalizou a norma que indica as melhores práticas para a realização de eventos , incluindo sua organização , objetivos e contratação de prestadores de serviços . O segmento da Segurança Privada , tradicional parceiro na realização de atividades com grande concentração de público , participou ativamente na elaboração do texto , que deverá ser publicado em meados deste ano . A norma ABNT / CEE 142 – Gestão de Eventos contou com a colaboração de mais de 600 profissionais ao longo dos últimos três anos , sendo que 130 pessoas contribuíram presencialmente . Este contingente representa mais de 70 organizações , entre as quais a FENAVIST ( Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores ) e ABSEG ( Associação Brasileira de Profissionais de Segurança ). As normas técnicas são instrumentos garantidores da qualidade , segurança e eficiência em benefício da comunidade . Elas traduzem , em termos técnicos , o que a sociedade espera de um produto ou serviço . No Brasil , a ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica , fornecendo insumos ao desenvolvimento tecnológico do país . O segmento da Segurança Privada está contemplado no texto aprovado por meio da recomendação expressa da contratação de empresas de segurança legalizadas , sob fiscalização da Polícia Federal , uma bandeira defendida pelo SESVESP . Confira abaixo a entrevista do coordenador da Comissão de Estudos Especial ABNTQ / CEE 142 – Gestão de Eventos , Alexandre Garrido .
Como é essa norma ?
É uma norma de boas práticas para organização de eventos . Por ter essa abordagem , ela traz uma lista de atitudes e ações que são tomadas na hora de organizar um evento , que são consideradas como positivas , boas para ajudar as empresas . Colocamos as melhores experiências , listando coisas que devem ser utilizadas . Ela apresenta uma lógica que começa quando o prestador de serviços recebe um pedido de um cliente sobre um novo evento . Desde essa primeira demanda , há a definição de um briefing com as informações mínimas para a elaboração da proposta de trabalho . Também define o que deve conter a proposta que o cliente receberá e quais práticas devem ser usadas para a escolha de fornecedores . A norma descreve todo o processo , finalizado com a produção de um relatório . Um de seus capítulos fala da importância de gerenciar os riscos do evento . Isso envolve desde quem trabalha na montagem até a visitação do público . Consideram-se riscos de saúde , de segurança das pessoas e também patrimoniais .
A regra é obrigatória ?
Por ser de boas práticas , a norma traz recomendações . As normas da ABNT em geral são voluntárias . Elas só têm caráter obrigatório quando há uma lei que assim determine . Mesmo sendo voluntária , depois de publicada passa a ser uma espécie de referência no mercado , podendo ser exigida em processos de licitação . Pode ser uma referência para quando se contrata empresas de eventos . A norma ajuda a organizar o mercado de eventos , a padronizar esse segmento .
Após sua publicação , há tendência de que o mercado utilize a norma , buscando empresas que atendem aos quesitos propostos por ela ?
Sim , essa é uma tendência , mas trata-se de um processo que tem de ser construído . E isso é um trabalho complexo , pois exige a participação de diferentes atores para juntar as empresas envolvidas a esse propósito . O trabalho posterior à criação da norma é tão grande quanto o da sua formulação . E estamos justamente nessa fase agora . Trata-se da quinta norma que estamos produzindo nesse grupo e imaginamos que em julho ou agosto ela deverá ser publicada .
Quais são os passos desse processo ?
O processo para isso começa quando convidamos diversas partes interessadas no assunto para integrar o grupo . Muitas participam presencialmente . O documento vai sendo construído e , depois de pronto , segue para consulta pública . O nosso está para ser publicado nas próximas semanas . Depois , ficará em consulta por 60 dias . Qualquer pessoa pode dar sua opinião em relação ao documento . Quando o prazo se encerra , a comissão se reúne para analisar contribuições e avaliar se há necessidade de alguma revisão . Considerando-se que os comentários serão positivos , a nossa estimativa seria para julho ou agosto .
O que acontece após a publicação ?
Temos um desafio , que é o de dar publicidade à norma , pois precisamos divulgar o documento o máximo possível . Já fizemos divulgações anteriores de outros trabalhos nossos e isso nos ajuda a mostrar o seu conteúdo ao mercado . Entre os quatro documentos que produzimos , dois já estão sendo bastante utilizados .
Que documentos são esses ?
O primeiro deles trata da terminologia . Define termos da área de eventos : quem é o organizador ; o que é um evento comercial , evento empresarial . Ou , por exemplo , o que é um evento esportivo , comercial , de pequeno porte , de grande porte , nacional , regional , internacional , etc . Essas definições ajudam a padronizar a linguagem sobre o que é apoiador e o que significa patrocinador . Por mais que pareça óbvio , devemos lembrar que o mercado usa os mesmos nomes para definir diferentes coisas , causando uma certa confusão . Nosso segundo documento versa sobre a qualidade de eventos , voltado para empresas que os organizam . Funciona como uma ISO 9000 , adaptada para os processos de organização . Outra norma trata da gestão da segurança em eventos . Como identificar riscos e planejar controles para fazer eventos seguros , desde a montagem até a realização do evento . E , por fim , a quarta norma descreve quais são as competências do profissional que atua nessa área . Atualmente , são mais utilizadas a de terminologia e a de classificação e de competências na organização de eventos . A mais recente , de boas práticas , contempla que a montagem de eventos deve ter regras de tempo de montagem e de desmontagem para espaços de feiras de exposições . Isso é um problema no mercado hoje , em que não há muito tempo para desmontar , fator que pode gerar problemas de segurança para os trabalhadores .
Alexandre Garrido , Diretor da Sextante Consultoria , especializado em normalização , Coordenador da ABNT / CEE 142 - Gestão de Eventos .
14 Revista SESVESP
REGULAMENTAÇÃO ABNT APRESENTA NORMA SOBRE BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE EVENTOS A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) finalizou a nor- ma que indica as melhores práti- cas para a realização de eventos, incluindo sua organização, objetivos e con- tratação de prestadores de serviços. O seg- mento da Segurança Privada, tradicional parceiro na realização de atividades com grande concentração de público, participou ativamente na elaboração do texto, que de- verá ser publicado em meados deste ano. A norma ABNT/CEE 142 – Gestão de Eventos contou com a colaboração de mais de 600 profissionais ao longo dos últimos três anos, sendo que 130 pessoas contri- buíram presencialmente. Este contingente representa mais de 70 organizações, entre as quais a FENAVIST (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores) e ABSEG (Associação Brasi- leira de Profissionais de Segurança). As normas técnicas são instrumentos ga- rantidores da qualidade, segurança e efi- ciência em benefício da comunidade. Elas traduzem, em termos técnicos, o que a so- ciedade espera de um produto ou serviço. No Brasil, a ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica, fornecendo in- sumos ao desenvolvimento tecnológico do país. O segmento da Segurança Privada está contemplado no texto aprovado por meio da recomendação expressa da contratação de empresas de segurança legalizadas, sob fiscalização da Polícia Federal, uma ban- deira defendida pelo SESVESP. Confira abaixo a entrevista do coordenador da Comissão de Estudos Especial ABNTQ/ CEE 142 – Gestão de Eventos, Alexandre Garrido. Como é essa norma? É uma norma de boas práticas para organi- zação de eventos. Por ter essa abordagem, ela traz uma lista de atitudes e ações que são tomadas na hora de organizar um even- to, que são consideradas como positivas, boas para ajudar as empresas. Colocamos as melhores experiências, lis- tando coisas que devem ser utilizadas. Ela apresenta uma lógica que começa quando o prestador de serviços recebe um pedido de um cliente sobre um novo evento. Des- de essa primeira demanda, há a definição de um briefing com as informações míni- mas para a elaboração da proposta de tra- 14 Revista SESVESP balho. Também define o que deve conter a proposta que o cliente receberá e quais práticas devem ser usadas para a escolha de fornecedores. A norma descreve todo o processo, finalizado com a produção de um relatório. Um de seus capítulos fala da importância de gerenciar os riscos do evento. Isso en- volve desde quem trabalha na montagem até a visitação do público. Consideram-se riscos de saúde, de segurança das pessoas e também patrimoniais. A regra é obrigatória? Por ser de boas práticas, a norma traz reco- mendações. As normas da ABNT em geral são voluntá- rias. Elas só têm caráter obrigatório quan- do há uma lei que assim determine. Mesmo sendo voluntária, depois de publicada pas- sa a ser uma espécie de referência no mer- cado, podendo ser exigida em processos de licitação. Pode ser uma referência para quando se contrata empresas de eventos. A norma ajuda a organizar o mercado de eventos, a padronizar esse segmento. Após sua publicação, há tendência de que o mercado utilize a norma, buscando empresas que atendem aos quesitos pro- postos por ela? Sim, essa é uma tendência, mas trata-se de um processo que tem de ser construído. E isso é um trabalho complexo, pois exige a participação de diferentes atores para juntar as empresas envolvidas a esse propósito. O trabalho posterior à criação da norma é tão grande quanto o da sua formulação. E esta- mos justamente nessa fase agora. Trata-se da quinta norma que estamos produzindo nesse grupo e imaginamos que em julho ou agosto ela deverá ser publicada. Quais são os passos desse processo? O processo para isso começa quando con- vidamos diversas partes interessadas no assunto para integrar o grupo. Muitas par- ticipam presencialmente. O documento vai sendo construído e, depois de pronto, segue para consulta pública. O nosso está para ser publicado nas próximas semanas. Depois, ficará em consulta por 60 dias. Qualquer pessoa pode dar sua opinião em relação ao documento. Quando o prazo se encerra, a comissão se reúne para analisar contribui- ções e avaliar se há necessidade de alguma revisão. Considerando-se que os comentá- rios serão positivos, a nossa estimativa se- ria para julho ou agosto. 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