PERFIL
Deuci Fátima Soares
A MULHER DA SEGURANÇA PRIVADA PELA VISÃO DE UMA ATUANTE NO SETOR
COM HABILIDADE DE NEGOCIAÇÃO E EXTREMA SIMPATIA, DEUCI CONQUISTOU SEU ESPAÇO EM UMA ÁREA ATÉ ENTÃO TIDA COMO UM NICHO EXCLUSIVAMENTE MASCULINO
Formada em Direito e com atuação na área trabalhista, Deuci Fátima Soares ou, simplesmente, dra. Deuci, conquistou seu espaço em um ambiente com predominância masculina, o da segurança privada. Ela, que há 22 anos comanda uma importante instituição de formação de vigilantes, diz que nunca foi, ou se sentiu, discriminada por ser mulher.“ Pelo contrário, sempre tive muito incentivo de todos, uma vez que percebiam meu conhecimento do setor e das leis”, constatou.
Em 1996, Deuci atuava como advogada trabalhista e defendia as causas mais diversas, solucionando os litígios pelo lado laboral.“ Posso dizer que meu histórico cresceu muito com o respeito conquistado ao longo de minha atuação trabalhista”.
Os desafios para Deuci nunca foram considerados obstáculos, pois naquele ano teve a oportunidade de estruturar legalmente uma escola de formação de vigilantes. Ao terminar a tarefa, se viu na posição de comando da atividade, uma vez que o proprietário faleceu e a família não quis tocar o negócio.
“ Sempre tive muito incentivo de todos, uma vez que percebiam meu conhecimento do setor e das leis.”
Deuci F. Soares
Assim, começou suas atividades como gestora de educação na área de segurança privada.“ Iniciamos com cinco alunos, hoje estamos com mais de 1.500 por mês, entre formação e reciclagem”, afirma a dra. Deuci.
Destes 1.500, percentualmente, 70 % são para reciclagem e 30 % para a formação, indicados pelas próprias empresas de segurança. Ela pondera que a organização do setor veio somente após a Lei 7.102 / 83 e, com ela, a regularidade das empresas e a verdadeira profissionalização do vigilante.
Em sua escola de formação, os aspirantes a segurança têm aulas de tiro, defesa pessoal, combate a incêndio e relações humanas no trabalho. O treinamento é igual, independentemente do gênero.“ De uns anos para cá, a procura das mulheres( pela profissão) tem aumentado. Até porque os bancos as requisitam, pois elas entendem melhor os
Revista SESVESP 15