Revista Sesvesp Ed. 137 | Page 7

NOTAS SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO É TEMA DE SEMINÁRIO INTERNACIONAL Em qualquer cidade do mundo, a po- pulação precisar ter a sensação de segu- rança. Essa visão predominou nas pales- tras realizadas no auditório da Academia de Polícia do Barro Branco, zona norte de São Paulo, na manhã de terça-feira (7/11), durante o Seminário Internacional de Segurança Pública e Gestão da Ativi- dade Policial. Organizado pelo Instituto Sou da Paz e Polícia Militar do Estado de São Paulo, o evento teve o apoio do SESVESP e contou com especialistas da Segurança Pública do Brasil, Chile e Ca- nadá – o Major Fernando Rojas (Carabi- neiros de Chile) e Anton Maslov (pesqui- sador de políticas de Segurança Pública do Governo do Canadá). Anton Maslov discorreu sobre a divi- são do trabalho policial nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) no Canadá. Para ele, o trabalho policial pode ser o de melhor qualidade, no entanto, se a sensação de segurança da população for baixa, o cidadão não se sentirá compro- metido com a sua força policial. Maslov defende a necessidade de investir no rela- cionamento com as pessoas nas cidades. Segundo ele, sempre que se faz isso os índices de crimes diminuem. “Em segu- rança pública é importante elaborar estra- tégias com olhos nas métricas de crimes”, garante o especialista. O coronel José Vicente da Silva Filho se manifestou no mesmo sentido. Ex-se- cretário nacional de Segurança Pública e CIDADE VIGILANTE, EM SANTO ANDRÉ, AMPLIA COMBATE E MONITORAMENTO DE CRIMES A Prefeitura de Santo André formali- zou em dezembro com o SESVESP e o Sindicato dos Empregados das Empresas de Segurança e Vigilância e Guarda do ABC, o projeto Cidade Vigilante iniciati- va que tornará os quase 30 mil vigilantes privados que atuam na cidade em cola- boradores na segurança pública. Durante o desempenho de suas atividades e com a percepção de problemas em prédios, nas ruas ou em comércios de algum tipo de delito ou ocorrência, estes agentes tornam-se auxílio importante no monito- ramento da cidade, acionando a Guarda Civil Municipal (GCM) e as demais for- ças policiais imediatamente. A assinatura foi formalizada na pre- sença do prefeito Paulo Serra, da Dra. Mirian Bazote, Delegada da Regional ABC do SESVESP e do secretário de Se- gurança Cidadã de Santo André, Edson Sardano. “Tive pessoalmente diversas conversas com o prefeito para concreti- zar esta ação, que hoje contará com 36 empresas de segurança da cidade e em torno de 30 mil vigilantes, que serão no- vos olhos para a segurança pública do nosso município. Estamos em todos os lugares. Por que não oferecer este olhar da segurança privada para toda a comu- nidade? Teremos nas ruas centenas de policiais privados trabalhando pelo mu- nicípio”, destacou Mirian Bazote. Para o prefeito Paulo Serra, o projeto Cidade Vigilante coroa mais uma im- portante ação de governo no combate à criminalidade. “Nesta constante troca de experiências, estamos a cada dia recu- perando o protagonismo de Santo André nas políticas públicas, em especial na segurança. Não podemos nos conformar com a ideia de que segurança pública é apenas uma obrigação do estado, apenas porque uma lei diz que a responsabili- dade é específica. Estamos invertendo esta lógica e a partir disto criamos vários oficial reformado da PM paulista, ele fez referência à atuação crítica da mídia, prin- cipalmente após episódios de violência policial, como no caso do Carandiru, em 1992. “Naquele ano, os índices de violên- cia e crimes estavam controlados e baixos. Após o fato, e com a forte pressão da im- prensa, a PM puxou o ‘freio de mão’ e os índices subiram assustadoramente. Com isso, a sensação de insegurança da popu- lação aumentou”, relembra o coronel. Ivan Marques, diretor executivo do Ins- tituto Sou da Paz, afirmou que sempre está ao lado da Polícia Militar no suporte de estudos e pesquisas da entidade que auxi- liam na criação de estratégias e políticas de Segurança Pública. Esse tipo de atu- ação, segundo ele, busca o bem estar da população de São Paulo. Os demais painéis seguiram os temas de “combate ao roubo de rua, de veícu- los” e “participação social no controle da criminalidade”. programas e integramos as forças poli- ciais quando assumimos este desafio, desde o primeiro dia de governo, com a criação do Comitê Integrado de Seguran- ça, analisando os índices criminais e de- senvolvendo operações e programas es- pecíficos nos bairros da cidade”, pontua. Serra lembra ainda que, além de ser a pioneira na assinatura do Cidade Vigi- lante, Santo André foi a primeira a in- tegrar as câmeras dos radares fixos com o programa Detecta. “Fomos a primeira cidade da região metropolitana a assinar o Detecta, recuperamos 13 veículos des- de o mês de abril e, para 2018, vamos expandir o Detecta para todas as câme- ras da cidade. Estamos na fase final dos ajustes de tecnologia e vamos ampliar. A redução de furto de veículos virou uma constante na nossa cidade, com uma queda de 25%. O aumento na sensação de segurança gera um conceito de que a cidade tem fiscalização e comando. Te- mos diversos avanços, seja com a Sono Tranquilo, que percorre 35 bairros, la- cramos mais de 15 estabelecimentos irregulares e multamos 800 motoristas que dirigiam com alto. Os índices estão caindo com a presença mais efetiva da GCM”,afirma o prefeito. ■ Revista SESVESP 7