NOTAS
SEGURANÇA PÚBLICA DE SÃO PAULO É TEMA DE SEMINÁRIO INTERNACIONAL
Em qualquer cidade do mundo, a po-
pulação precisar ter a sensação de segu-
rança. Essa visão predominou nas pales-
tras realizadas no auditório da Academia
de Polícia do Barro Branco, zona norte
de São Paulo, na manhã de terça-feira
(7/11), durante o Seminário Internacional
de Segurança Pública e Gestão da Ativi-
dade Policial. Organizado pelo Instituto
Sou da Paz e Polícia Militar do Estado
de São Paulo, o evento teve o apoio do
SESVESP e contou com especialistas da
Segurança Pública do Brasil, Chile e Ca-
nadá – o Major Fernando Rojas (Carabi-
neiros de Chile) e Anton Maslov (pesqui-
sador de políticas de Segurança Pública
do Governo do Canadá).
Anton Maslov discorreu sobre a divi-
são do trabalho policial nas três esferas de
governo (federal, estadual e municipal) no
Canadá. Para ele, o trabalho policial pode
ser o de melhor qualidade, no entanto, se
a sensação de segurança da população for
baixa, o cidadão não se sentirá compro-
metido com a sua força policial. Maslov
defende a necessidade de investir no rela-
cionamento com as pessoas nas cidades.
Segundo ele, sempre que se faz isso os
índices de crimes diminuem. “Em segu-
rança pública é importante elaborar estra-
tégias com olhos nas métricas de crimes”,
garante o especialista.
O coronel José Vicente da Silva Filho
se manifestou no mesmo sentido. Ex-se-
cretário nacional de Segurança Pública e
CIDADE VIGILANTE, EM SANTO ANDRÉ, AMPLIA
COMBATE E MONITORAMENTO DE CRIMES
A Prefeitura de Santo André formali-
zou em dezembro com o SESVESP e o
Sindicato dos Empregados das Empresas
de Segurança e Vigilância e Guarda do
ABC, o projeto Cidade Vigilante iniciati-
va que tornará os quase 30 mil vigilantes
privados que atuam na cidade em cola-
boradores na segurança pública. Durante
o desempenho de suas atividades e com
a percepção de problemas em prédios,
nas ruas ou em comércios de algum tipo
de delito ou ocorrência, estes agentes
tornam-se auxílio importante no monito-
ramento da cidade, acionando a Guarda
Civil Municipal (GCM) e as demais for-
ças policiais imediatamente.
A assinatura foi formalizada na pre-
sença do prefeito Paulo Serra, da Dra.
Mirian Bazote, Delegada da Regional
ABC do SESVESP e do secretário de Se-
gurança Cidadã de Santo André, Edson
Sardano. “Tive pessoalmente diversas
conversas com o prefeito para concreti-
zar esta ação, que hoje contará com 36
empresas de segurança da cidade e em
torno de 30 mil vigilantes, que serão no-
vos olhos para a segurança pública do
nosso município. Estamos em todos os
lugares. Por que não oferecer este olhar
da segurança privada para toda a comu-
nidade? Teremos nas ruas centenas de
policiais privados trabalhando pelo mu-
nicípio”, destacou Mirian Bazote.
Para o prefeito Paulo Serra, o projeto
Cidade Vigilante coroa mais uma im-
portante ação de governo no combate à
criminalidade. “Nesta constante troca de
experiências, estamos a cada dia recu-
perando o protagonismo de Santo André
nas políticas públicas, em especial na
segurança. Não podemos nos conformar
com a ideia de que segurança pública é
apenas uma obrigação do estado, apenas
porque uma lei diz que a responsabili-
dade é específica. Estamos invertendo
esta lógica e a partir disto criamos vários
oficial reformado da PM paulista, ele fez
referência à atuação crítica da mídia, prin-
cipalmente após episódios de violência
policial, como no caso do Carandiru, em
1992. “Naquele ano, os índices de violên-
cia e crimes estavam controlados e baixos.
Após o fato, e com a forte pressão da im-
prensa, a PM puxou o ‘freio de mão’ e os
índices subiram assustadoramente. Com
isso, a sensação de insegurança da popu-
lação aumentou”, relembra o coronel.
Ivan Marques, diretor executivo do Ins-
tituto Sou da Paz, afirmou que sempre está
ao lado da Polícia Militar no suporte de
estudos e pesquisas da entidade que auxi-
liam na criação de estratégias e políticas
de Segurança Pública. Esse tipo de atu-
ação, segundo ele, busca o bem estar da
população de São Paulo.
Os demais painéis seguiram os temas
de “combate ao roubo de rua, de veícu-
los” e “participação social no controle
da criminalidade”.
programas e integramos as forças poli-
ciais quando assumimos este desafio,
desde o primeiro dia de governo, com a
criação do Comitê Integrado de Seguran-
ça, analisando os índices criminais e de-
senvolvendo operações e programas es-
pecíficos nos bairros da cidade”, pontua.
Serra lembra ainda que, além de ser
a pioneira na assinatura do Cidade Vigi-
lante, Santo André foi a primeira a in-
tegrar as câmeras dos radares fixos com
o programa Detecta. “Fomos a primeira
cidade da região metropolitana a assinar
o Detecta, recuperamos 13 veículos des-
de o mês de abril e, para 2018, vamos
expandir o Detecta para todas as câme-
ras da cidade. Estamos na fase final dos
ajustes de tecnologia e vamos ampliar. A
redução de furto de veículos virou uma
constante na nossa cidade, com uma
queda de 25%. O aumento na sensação
de segurança gera um conceito de que a
cidade tem fiscalização e comando. Te-
mos diversos avanços, seja com a Sono
Tranquilo, que percorre 35 bairros, la-
cramos mais de 15 estabelecimentos
irregulares e multamos 800 motoristas
que dirigiam com alto. Os índices estão
caindo com a presença mais efetiva da
GCM”,afirma o prefeito. ■
Revista SESVESP
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