MERCADO
SESVESP VAI À INGLATERRA POR
NEGÓCIOS TRANSNACIONAIS
MINISTÉRIO DO COMÉRCIO BRITÂNICO INCENTIVA PARCERIAS BRASILEIRAS COM
OLHOS NA RETOMADA DA ECONOMIA NACIONAL E NA SEGURANÇA JURÍDICA
E
m recente encontro da diretoria do
SESVESP com o Departamento de
Defesa e Segurança (DSO) da mis-
são britânica no Brasil, durante a
EXPOSEC 2017, definiu-se a possibilida-
de sobre o modelo de comitiva de empre-
sários brasileiros da Segurança Privada na
Inglaterra (onde serão criados pacotes de
viagens por conta de
cada participante, in-
clusive diretoria). O
intercâmbio econô-
mico e de negócios
tornou-se realida-
de, sendo mais uma
campanha do Go-
verno Britânico por
meio do Ministério
do Comércio Inter-
nacional (DIT). Nes-
te processo, a comi-
tiva ganhou coro em
Reunião Plenária no
SESVESP de junho,
ratificando o interes-
se de ambas as par-
tes para o amadure-
cimento do projeto.
A Revista do
SESVESP procurou o Ministério do Co-
mércio Internacional Britânico para falar
com mais detalhes a respeito da iniciativa
e a cônsul-geral e diretora de comércio e
investimento, Joanna Crellin, foi a entre-
vistada.
Revista do SESVESP: São comuns es-
sas comitivas empresariais?
Joanna Crellin: O Governo Britânico,
através do Ministério do Comércio Inter-
nacional (DIT), realiza missões comerciais
em diversos setores com o intuito de bus-
car a troca de experiências e a geração de
oportunidades de
negócios entre os
dois países.
RS: Já houve
ação semelhante
anteriormente?
JC: Sim. Po-
demos citar a mis-
são da FENAVIST
(Federação Na-
cional das Empre-
sas de Segurança
Privada e Trans-
porte de Valores)
em Outubro de
2014. Nesta opor-
tunidade a progra-
mação foi focada
no papel da segu-
rança privada nas
Olimpíadas
de
Londres 2012. O objetivo da missão foi
compartilhar as lições aprendidas para a
aplicação durante os jogos no Rio de Ja-
neiro em 2016.
RS: O que qualifica ou capacita um em-
presário brasileiro a buscar negócios em
terras saxônicas?
JC: Deve ser associado ativo da
SESVESP e ter interesse em buscar novas
tecnologias e serviços de empresas Britâ-
nicas.
RS: Como é a Segurança Privada na
Inglaterra? Quais as formas de atuação?
Como o empresariado inglês vê o merca-
do brasileiro?
JC: O setor é regulamentado pelo Ato
da Segurança Privada de 2001, sob su-
pervisão da Autoridade da Indústria de
Segurança (SIA). Dentre as categorias de
atuação estão definidas a prestação de ser-
viços de guarda de segurança, transporte
de valores, escolta pessoal, CFTV, imo-
bilização veicular, claviculário e agente
de portaria. Neste momento o empresá-
rio britânico vê o Brasil como um país a
ser observado, particularmente no que diz
respeito a retomada do crescimento e revi-
são da legislação, onde existem possibili-
dades para maior interação com empresas
estrangeiras e consequentemente cresci-
mento das relações comerciais no setor.
RS: No que difere a Segurança Privada
inglesa da brasileira?
JC: As empresas e profissionais do se-
tor devem possuir licenciamento específi-
co para atuar nas diversas subcategorias.
Além disso, podemos ressaltar como as
principais diferenças a prestação do ser-
viço de imobilização veicular e a impos-
sibilidade de uso de armas de fogo pelos
profissionais de segurança privada.
RS: Quando será a viagem da comitiva
brasileira?
JC: Estamos trabalhando para que a
missão aconteça em Junho de 2018, a fim
de coincidir com o IFSEC que é maior
evento do setor no Reino Unido. A IFSEC
International é a exposição e conferência
de segurança mais renomada do mundo,
reunindo mais de 600 fabricantes e distri-
buidores inovadores com mais de 27,000
compradores de segurança seniores, em 3
dias na ExCeL London.
RS: Em outras oportunidades qual o
saldo desses encontros?
JC: Nas experiências anteriores houve
uma rica troca de experiências resultando
em uma série de contratos e parcerias fir-
madas entre empresas dos dois países.
RS: Já há um roteiro estabelecido?
JC: Estamos na fase inicial de prepa-
ração, mas iremos preparar o roteiro com
foco nas áreas de interesse dos associados
do SESVESP. ■
Revista SESVESP
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