Revista Sesvesp Ed. 135 | Page 21

MERCADO SESVESP VAI À INGLATERRA POR NEGÓCIOS TRANSNACIONAIS MINISTÉRIO DO COMÉRCIO BRITÂNICO INCENTIVA PARCERIAS BRASILEIRAS COM OLHOS NA RETOMADA DA ECONOMIA NACIONAL E NA SEGURANÇA JURÍDICA E m recente encontro da diretoria do SESVESP com o Departamento de Defesa e Segurança (DSO) da mis- são britânica no Brasil, durante a EXPOSEC 2017, definiu-se a possibilida- de sobre o modelo de comitiva de empre- sários brasileiros da Segurança Privada na Inglaterra (onde serão criados pacotes de viagens por conta de cada participante, in- clusive diretoria). O intercâmbio econô- mico e de negócios tornou-se realida- de, sendo mais uma campanha do Go- verno Britânico por meio do Ministério do Comércio Inter- nacional (DIT). Nes- te processo, a comi- tiva ganhou coro em Reunião Plenária no SESVESP de junho, ratificando o interes- se de ambas as par- tes para o amadure- cimento do projeto. A Revista do SESVESP procurou o Ministério do Co- mércio Internacional Britânico para falar com mais detalhes a respeito da iniciativa e a cônsul-geral e diretora de comércio e investimento, Joanna Crellin, foi a entre- vistada. Revista do SESVESP: São comuns es- sas comitivas empresariais? Joanna Crellin: O Governo Britânico, através do Ministério do Comércio Inter- nacional (DIT), realiza missões comerciais em diversos setores com o intuito de bus- car a troca de experiências e a geração de oportunidades de negócios entre os dois países. RS: Já houve ação semelhante anteriormente? JC: Sim. Po- demos citar a mis- são da FENAVIST (Federação Na- cional das Empre- sas de Segurança Privada e Trans- porte de Valores) em Outubro de 2014. Nesta opor- tunidade a progra- mação foi focada no papel da segu- rança privada nas Olimpíadas de Londres 2012. O objetivo da missão foi compartilhar as lições aprendidas para a aplicação durante os jogos no Rio de Ja- neiro em 2016. RS: O que qualifica ou capacita um em- presário brasileiro a buscar negócios em terras saxônicas? JC: Deve ser associado ativo da SESVESP e ter interesse em buscar novas tecnologias e serviços de empresas Britâ- nicas. RS: Como é a Segurança Privada na Inglaterra? Quais as formas de atuação? Como o empresariado inglês vê o merca- do brasileiro? JC: O setor é regulamentado pelo Ato da Segurança Privada de 2001, sob su- pervisão da Autoridade da Indústria de Segurança (SIA). Dentre as categorias de atuação estão definidas a prestação de ser- viços de guarda de segurança, transporte de valores, escolta pessoal, CFTV, imo- bilização veicular, claviculário e agente de portaria. Neste momento o empresá- rio britânico vê o Brasil como um país a ser observado, particularmente no que diz respeito a retomada do crescimento e revi- são da legislação, onde existem possibili- dades para maior interação com empresas estrangeiras e consequentemente cresci- mento das relações comerciais no setor. RS: No que difere a Segurança Privada inglesa da brasileira? JC: As empresas e profissionais do se- tor devem possuir licenciamento específi- co para atuar nas diversas subcategorias. Além disso, podemos ressaltar como as principais diferenças a prestação do ser- viço de imobilização veicular e a impos- sibilidade de uso de armas de fogo pelos profissionais de segurança privada. RS: Quando será a viagem da comitiva brasileira? JC: Estamos trabalhando para que a missão aconteça em Junho de 2018, a fim de coincidir com o IFSEC que é maior evento do setor no Reino Unido. A IFSEC International é a exposição e conferência de segurança mais renomada do mundo, reunindo mais de 600 fabricantes e distri- buidores inovadores com mais de 27,000 compradores de segurança seniores, em 3 dias na ExCeL London. RS: Em outras oportunidades qual o saldo desses encontros? JC: Nas experiências anteriores houve uma rica troca de experiências resultando em uma série de contratos e parcerias fir- madas entre empresas dos dois países. RS: Já há um roteiro estabelecido? JC: Estamos na fase inicial de prepa- ração, mas iremos preparar o roteiro com foco nas áreas de interesse dos associados do SESVESP. ■ Revista SESVESP 21