Revista Sesvesp Ed. 131 | Page 16

MATÉRIA DE CAPA jurídicas onde cada membro do Sesvesp pode agir com destaque para que os melhores resultados possíveis pudessem ser atingidos. Foi assim quando se buscou a Prefeitura paulistana para reaver valores devidos às suas associadas. Não houv e tempo ruim e obstáculo para as diversas equipes destacadas a pressionar as autoridades, vereadores e buscar parceiros para que a situação fosse resolvida. Neste caso específico, ainda há muito para se buscar, mas a estratégia adotada demonstra que o caminho foi acertado e o resultado final está próximo. Os aspectos econômicos e políticos, praticamente monopolizaram os assuntos nacionais e, como não poderia ser diferente, também afetou a dinâmica e atuação profissional de todos. Pode-se dizer que o ano foi de rearranjo, novas configurações e inovações no atendimento das demandas da segurança privada e patrimonial. Nesse quesito, o Sesvesp, muito atento à realidade do momento, promoveu o FESP em que os convidados traduziam os acontecimentos políticos de Brasília quase que em tempo real, ou seja, todos os empresários e associadas puderam, já no findar do primeiro trimestre, ter antecipados fatos que poderiam influenciar em suas conduções nas empresas. A Olimpíada no Rio de Janeiro igualmente era um evento de grande apelo mundial e os olhos do mundo ficaram apontados para a cidade carioca. Segurança foi tema constante de discussões, tanto assim que as entidades representativas do segmento, bem como o próprio Sesvesp, fizeram vários questionamentos às autoridades olímpicas, da prefeitura e do estado para que pudessem esclarecer procedimentos de contratação das empresas que prestariam o serviço de segurança do evento. Problemas aconteceram e o Sesvesp manteve-se atento a movimentação, sempre em contato e na busca de procedimentos junto à Polícia Federal. Ao longo do ano o sindicato buscou parcerias, fomentou iniciativas inovadoras e investiu muito em treinamentos e cursos. Agora os olhos se voltam para 2017 e com ele a mesma garra desse e de outros anos continuará firme e forte na defesa dos interesses comuns das empresas associadas. 16 Revista SESVESP E O ANO PARA A ÁREA JURÍDICA? ‘’Este foi um ano tumultuado na área jurídica, em especial pela instabilidade institucional, impeachment, Lava-Jato, mudança de governo, crise econômica, ajuste fiscal, ameaça de novos impostos’’, avalia o Dr. Percival Maricato. Segundo ele, as atividades empreendedoras só dão resultados positivos com estabilidade institucional e econômica, com segurança jurídica, obediência a regras do jogo. “Só assim as pessoas investem”, asseverou. A segurança jurídica é imprescindível também para fazer e executar um plano de desenvolvimento empresarial. “Neste ano, uma das maiores novidades se deu na área Tra- ‘’Este foi um ano tumultuado na área jurídica, em especial pela instabilidade institucional, impeachment, Lava-Jato, mudança de governo, crise econômica, ajuste fiscal, ameaça de novos impostos’’ Dr. Percival Maricato balhista, com o enfrentamento pelo STF de entendimentos simulados pelo TST”, salientou o advogado. A avaliação dele é de que a Suprema Corte resolveu dar um basta aos excessos da Justiça do Trabalho de fazer súmulas equivalentes a leis, sem fazer audiências públicas ou ouvir quem quer que seja confundindo suas atribuições com as do Congresso. Percival Maricato diz que 2016 foi importante para conquistas ao setor e que no âmbito jurídico continua trabalhando ainda em problemas que atormentam as empresas, tais como as arbi- trariedades da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, quota de deficientes e de aprendizes, proibição de uso cães em serviços, preço inexequível, multa por uso de veículos no período do rodízio, reajuste de contratos públicos, atrasos em pagamentos e tantos outros. Além disso, outros temas de interesse do sindicato, como propor ações contra empresas que usam o selo de qualidade irregularmente, cobrança de contribuições por associados inadimplentes e demais de mesmo teor. Maricato destaca que particularmente relevante foram as ações que permitiram as empresas se isentarem de pagar e até recuperarem contribuições previdenciárias sobre diversas verbas trabalhistas: a instituição de um plantão semanal na sede do sindicato, o comparecimento a todas as reuniões mensais e para tratar problemas específicos, às vezes com até três advogados, cada um com uma especialidade. Na área de licitações foram ajuizadas mais de uma centena de ações no ano, visando evitar prejuízos ao setor, tais como a contratação de vigilantes sem obediências às condições exigidas para exercício da profissão, editais que não exigem documentos ou permitem desvios de funções, contratações sem observar atendimento a critérios impostos pela Polícia Federal. Além de reprimir desvios, as ações dessa área acabam tendo efeito educativo entre funcionários de prefeituras ou órgãos públicos. O fato de saberem que o Sindicato está atento, por meio da atuação no campo jurídico, evita que tentem contratar empresas irregulares ou empresas formais, irregularmente. Agora ao final do ano, mesmo com o movimento de festas do período, Maricato garante que mantém as atenções para a maior preocupação que tem sido a convenção coletiva do trabalho e nela a regulamentação do PPR. “Ficou estabelecido em convenção anterior que o PPR seria baseado em indicador profissional, que não levou em conta a crise econômica. Tem sido difícil fazer os sindicatos laborais aceitarem a suspensão ou flexibilização do benefício, pelo menos até a recuperação da economia. Com a suspensão da ultra atividade prevista na súmula 277 pelo STF,