Revista Sesvesp Ed. 130 | Page 16

MATÉRIA DE CAPA Foto: Artthur Donadia RENDIMENTO TAMBÉM CAIU A pesquisa informa ainda que o rendimento médio real habitualmente recebido pelos brasileiros teve uma variação negativa. A renda média foi de R$ 2.011, 0,2% a menos que os R$ 2.015 do trimestre imediatamente anterior e 1,7% a menos que os R$ 2.047 registrados no mesmo período do ano passado. A massa de rendimento real em todos os trabalhos também não apresentou variação considerada significativa pelo IBGE frente a março, abril e maio, mas caiu 3% na comparação com 2015. O total está em R$ 177 bilhões. EMPRESAS DO SEGMENTO FECHAM 22,7 MIL NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2016 A CONDUÇÃO POLÍTICA INSTÁVEL DOS ÚLTIMOS ANOS NO PAÍS LEVOU À BAIXA EXPECTATIVA DA ECONOMIA, REFLETINDO NA QUEDA DA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA E MENORES VENDAS DO COMÉRCIO COM CONSEQUENTE PIORA NA EMPREGABILIDADE O país enfrenta uma de suas maiores recessões econômicas, que reflete diretamente na baixa produção e nos índices de emprego. E por falar nisso, no último dia de setembro o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgou que a taxa de desemprego no Brasil que su- 16 Revista SESVESP biu para 11,8% no trimestre encerrado em agosto. Nos três meses anteriores, a taxa estava em 11,2%, e já era a maior da série histórica. A pesquisa aponta que 12 milhões de pessoas estão desocupadas no país, população classificada assim por ter procurado emprego sem encontrar. Em relação a março, abril e maio, a população desempregada de junho, julho e agosto aumentou em 583 mil pessoas, ou 5,1%. Já a população ocupada caiu 0,8% na comparação entre os dois trimestres, com a perda de 712 mil postos. Ao todo, esse contingente soma 90,1 milhões de pessoas. Apesar disso, o número de empregados com carteira assinada se manteve estável em 34,2 milhões. DESEMPREGO ERA DE 8,7% EM 2015 A comparação de junho, julho e agosto de 2016 com o mesmo período de 2015 mostra uma redução de 2 milhões de pessoas na população ocupada e um acréscimo de 3,2 milhões de pessoas na população desocupada. No ano passa- NÚMEROS DA SEGURANÇA PRIVADA Um recente estudo publicado pela Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) diz que, no primeiro semestre do ano, foram mais de 22,7 mil postos de trabalho fechados. A situação é preocupante, pois são vagas que têm um caráter de fechamento estrutural ao contrário de conjuntural, ou seja, as empresas neste momento não têm perspectivas de recomposição de pessoal sob pena de inviabilizar o modelo de negócio. CENÁRIO-VISÃO A Revista SESVESP acompanhou o Professor do Departamento de Planejamento e Análise Econômica Aplicados à Administração – PAE-EAESP/FGV, Gesner de Oliveira, no programa Ponto a Ponto da Bandnews TV, apresentado pela jornalista Mônica Bergamo e Antonio Lavareda. Quando perguntado sobre a questão de empregabilidade, disse que as taxas de desemprego ainda se elevarão, inclusive nos primeiros meses de 2017: “a taxa de desemprego deve subir ainda nos primeiros seis meses do próximo ano. As medidas econômicas propostas pela nova equipe ministerial da Fazenda, quando aprovadas de fato pelo EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ADMISSÕES E DESLIGAMENTOS DE 2010/2015 E JANEIRO A JULHO DE 2016 33.448 48.901 43.072 14.088 16.186 -26.495 -22.707 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 2010 Admitidos desligados saldo 2011 2012 2013 200.244 240.835 255.547 232.296 161.796 191.934 212.475 218.208 38.448 48.901 43.072 14.088 2014 2015 2016 233.509 217.323 16.186 176.508 2