Revista Sesvesp Ed. 121 - 2015 | Page 22

OPINIÃO CORONEL CAMILO O VIDEOMONITORAMENTO URBANO E A INTEGRAÇÃO DAS SEGURANÇAS Coronel Alvaro Batista Camilo, deputado estadual (PSD) e ex-comandante da Polícia Militar de São Paulo esde meados do século 20, vivenciamos uma explosão populacional nas cidades brasileiras. Algumas unificaram-se com as cidades vizinhas, constituindo as regiões metropolitanas. A gestão desses aglomerados urbanos é muito complexa. E mesmo cidades pacatas, tradicionalmente seguras, atraem criminosos, pois ali o efetivo policial é reduzido e as pessoas estão menos atentas à ação de delinquentes, o que favorece a prática de roubos. Como os orçamentos públicos não apresentam folga para contratar mais servidores, é preciso recorrer ao planejamento, ao aprimoramento da gestão e ao suporte da tecnologia para responder ao desafio da violência. Daí, o surgimento do conceito das Cidades Digitais. Muitos municípios têm utilizado a tecnologia na prevenção e resposta a atos antissociais, levando aos cidadãos a esperada sensação de segurança, por favorecer a pronta resposta. O videomonitoramento urbano é uma dessas soluções. Conectadas a uma central de comando operacional, câmeras são instaladas em pontos estratégicos da cidade, e agentes treinados e supervisionados observam os espaços públicos, a fim de acionar as autoridades assim que haja necessidade. A título de exemplo, um projeto criado pelo Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, do Ministério da Justiça), o GGIM (Gabinete de Gestão Integrada Municipal) possibilita a integração, nas centrais de comando operacional dos municípios, de autoridades representativas de diversas instituições, como a Polícia Militar, a Guarda D 22 | Revista SESVESP Civil Municipal, Trânsito e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A integração do uso da tecnologia facilita o deslocamento de efetivo para atender ocorrências e solucionar eventos com agilidade e economia de meios. O software utilizado também grava as imagens captadas e as mantém em arquivo, o que auxiliará eventual investigação criminal posterior. Há limites, porém. Ao optar por esse recurso, é preciso prever os custos de manutenção e a reposição de equipamentos. É preciso prever falhas no funcionamento, furtos e depreda