OPINIÃO
CORONEL CAMILO
O VIDEOMONITORAMENTO URBANO
E A INTEGRAÇÃO DAS SEGURANÇAS
Coronel Alvaro Batista Camilo, deputado estadual (PSD)
e ex-comandante da Polícia Militar de São Paulo
esde meados do século 20, vivenciamos uma explosão populacional nas
cidades brasileiras. Algumas unificaram-se com as cidades vizinhas, constituindo as regiões metropolitanas.
A gestão desses aglomerados urbanos é
muito complexa. E mesmo cidades pacatas,
tradicionalmente seguras, atraem criminosos, pois ali o efetivo policial é reduzido e as
pessoas estão menos atentas à ação de delinquentes, o que favorece a prática de roubos.
Como os orçamentos públicos não apresentam folga para contratar mais servidores, é
preciso recorrer ao planejamento, ao aprimoramento da gestão e ao suporte da tecnologia
para responder ao desafio da violência. Daí, o
surgimento do conceito das Cidades Digitais.
Muitos municípios têm utilizado a tecnologia na prevenção e resposta a atos
antissociais, levando aos cidadãos a esperada sensação de segurança, por favorecer
a pronta resposta. O videomonitoramento
urbano é uma dessas soluções. Conectadas
a uma central de comando operacional, câmeras são instaladas em pontos estratégicos da cidade, e agentes treinados e supervisionados observam os espaços públicos,
a fim de acionar as autoridades assim que
haja necessidade.
A título de exemplo, um projeto criado pelo
Pronasci (Programa Nacional de Segurança
Pública com Cidadania, do Ministério da Justiça), o GGIM (Gabinete de Gestão Integrada
Municipal) possibilita a integração, nas centrais de comando operacional dos municípios,
de autoridades representativas de diversas
instituições, como a Polícia Militar, a Guarda
D
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Civil Municipal, Trânsito e Samu (Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência).
A integração do uso da tecnologia facilita o
deslocamento de efetivo para atender ocorrências e solucionar eventos com agilidade e economia de meios. O software utilizado também
grava as imagens captadas e as mantém em
arquivo, o que auxiliará eventual investigação
criminal posterior.
Há limites, porém. Ao optar por esse recurso, é preciso prever os custos de manutenção e a reposição de equipamentos. É preciso prever falhas no funcionamento, furtos e
depreda