Revista Sesvesp Ed. 120 - 2015 | Page 3

EDITORIAL OUTRO ANO DIFÍCIL m novo ano começa e, com ele, chega a sensação de que, novamente, o setor de segurança privada enfrentará dificuldades depois de um 2014 repleto de percalços para o empresariado. Um dos principais obstáculos se apresenta no campo da política econômica, que deverá lidar, nos próximos meses, com o baixo crescimento atestado pelo Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, que deverá se situar em pífio 0,15%. Especialistas estimam que o crescimento em 2015 não deverá passar de 0,50%. A avaliação é até positiva, considerando o péssimo resultado de 2014. U Como todos sabemos, o desempenho do setor de segurança privada está atrelado inevitavelmente ao da economia. Se essa última vai bem, tudo caminha; do contrário, desanda. No momento, estamos patinando e é bem provável que nos estatelemos na estagnação que começa a se desenhar. A matéria de capa desta edição traz comentários de representantes e empresários do setor em diferentes regiões do país a respeito das perspectivas para 2015. Infelizmente, o cenário não é positivo, pelo menos diante das projeções feitas no início de janeiro e até o fechamento desta edição. Enquanto o governo federal continuar priorizando a política econômica que privilegia o aspecto social, o panorama não será dos melhores. Vale reforçar que não há nada de errado na concessão de benefícios sociais, especialmente quando se trata de educação e saúde. O problema está quando isso ocorre em detrimento do equilíbrio das contas públicas, como vem ocorrendo nos últimos anos. Também não há nada de errado em aumentar os investimentos do governo na infraestrutura e nos serviços públicos. Mas não é possível fazer tudo isso sem recursos e com o sangramento do Tesouro Público, justamente como vem ocorrendo nos últimos tempos. JOÃO ELIEZER PALHUCA Presidente do Sesvesp PIB estagnado, retração de vendas e alta do dólar são indicadores de que o ano que começa será de muita luta. São Paulo, pela sua envergadura, sempre deixa mais visível os resultados funestos advindos da adoção dessas péssimas estratégias. Assim, nosso setor estará observando o comportamento da economia para, a partir daí, encontrar as melhores soluções. No entanto, infelizmente, não temos expectativas positivas a curto prazo. PIB estagnado, retração de vendas e alta do dólar são indicadores de que o ano que começa será de muita luta, que envolve principalmente o empenho do governo em reformas tributária e trabalhista, citando apenas uma entre tantas medidas. Ele terá de fazer a sua parte. Nós, empresários do setor de segurança privada, com certeza faremos a nossa e continuaremos trabalhando. Essa é a promessa de ano novo possível de ser cumprida. Revista SESVESP | 3