da Carta Magna. E Luiz Maurício Souza
Blazer, delegado geral da Polícia Civil
de São Paulo, reforçou que a atual política de segurança pública se pauta por
pesados investimentos em capacitação
de pessoal e aquisição/implantação de
tecnologias avançadas.
Já o coronel Marco Aurélio Alves
Pinto, comandante geral do Corpo de
Bombeiros de São Paulo, afirmou que,
apesar do caráter menos policialesco e
de repressão ao crime, feito pela corporação – mais voltada para desastres e
catástrofes –, ela também caminha em
direção à evolução com a aproximação
do setor particular. Enquanto isso, Rodrigo de Brito Carnevale, representando o superintendente regional do Departamento da Polícia Federal, saudou
o avanço nas relações entre as esferas
pública e privada.
Fernando Grela Vieira, secretário de
Segurança do Estado de São Paulo, defendeu profundamente a institucionalização da parceria público-privada na
área de segurança. Admitiu a liderança
do estado na questão, mas salientou a
crucial importância do apoio do setor
privado. “A segurança pública é um sistema, e, como tal, em sua formulação
ela exige a participação de vários atores
além do estado, como a sociedade civil e
as empresas privadas.”
UM CASE DE SUCESSO
John Shaw, diretor geral da G4S Serviços Públicos, demostrou como se deu o
avanço da parceria entre a G4S e a Polícia de Linconshire, no Reino Unido ― um
acordo de 300 milhões de libras, com
duração de 10 anos, que gerou economia
orçamentária para a administração local
da ordem de 66 milhões de libras.
“Devido à crise financeira internacional, todos os distritos da Inglaterra sofreram com reduções consideráveis de orçamento, e Linconshire foi um dos mais
atingidos. Para conseguir manter seu
efetivo nas ruas, sem reduzir a qualidade nos serviços, a iniciativa particular foi
procurada e nós vencemos a licitação”,
explicou Shaw. Segundo o executivo, embora tenham sofrido com uma resistência inicial do público, da imprensa e de
setores da corporação policial, uma vez
que ficou claro a todos que a terceirização de serviços se restringiria a atividades administrativas e de gestão de material, sem interferir no trabalho da polícia
nem substituí-la em suas atribuições ofi-
PALHUCA CUMPRIMENTA o secretário de Segurança, Fernando Grela Vieira
ciais constituídas em lei, as mudanças foram rapidamente aceitas, e hoje, mesmo
com uma situação
Com o enxugamento de custos operacionais ― trabalhos que não precisavam
ser executados por policiais ―, o resultado, além de economia financeira, foi
o aumento no número de agentes nas
ruas. Assim, verificou-se redução nos índices de criminalidade e na espera para o
atendimento de chamadas. Já no contexto particular ficou clara a diversidade de
serviços terceirizáveis, ou seja, oportunidade de negócios.
LIÇÃO PARA O SETOR
John Shaw mostrou as grandes perspectivas que se abrem para as empresas brasileiras, uma vez que legislações
específicas e sistemas de auditoria de
qualidade tenham sido instit