Revista Sesvesp Ed. 119 - 2014 | Página 3

EDITORIAL 100 95 75 25 5 0 UM ANO DIFÍCIL hegamos ao final de mais um ano. Lamentavelmente e na contramão dos nossos desejos, não é possível avaliar 2014 positivamente, uma vez que, nestes doze meses, testemunhamos – mais, sentimos - decisões governamentais que, novamente, prejudicaram toda a cadeia do segmento. C Entre elas, ganhando um dos primeiros lugares no ranking das dificuldades, o impacto da resolução em não desonerar a folha de pagamento do setor. Enquanto outros segmentos foram beneficiados com essa redução, as empresas especializadas continuaram sendo penalizadas e arcando com os 20% de impostos sobre a folha de pagamento. Acrescenta-se a esse cenário o pagamento, no início deste ano, do adicional de periculosidade para os profissionais de segurança privada em valor correspondente a 30% do salário. Embora concordemos que essa medida seja muito benéfica para os trabalhadores, ela foi estabelecida de forma arbitrária, desconsiderando esforços anteriores e engendrados pelas empresas. Refiro-me ao adicional de risco de vida, cuja concessão já alcançava 18% e seria mantida, de forma a favorecer os vigilantes, mas também as empresas, que não sofreriam os impactos desse percentual pago de uma só vez, como de fato ocorreu. Atualmente, as empresas de segurança respondem pela contratação de aproximadamente 210 mil trabalhadores no estado de São Paulo. É um contingente considerável de pessoas e que têm seus empregos garantidos graças aos esforços contínuos das empresas em assim mantê-los. No entanto, os consecutivos mandos e desmandos do governo estão causando sérias consequências que não permitem o vislumbre de um 2015 mais favorável, infelizmente. 100 95 75 25 5 0 Embora o quadro geral seja péssimo para o setor, nós continuamos persistindo e fazendo nossa parte com competência. O desempenho da segurança privada durante a realização da Copa do Mundo foi digno de nota e reconhecido pela sociedade e também pelas forças de segurança, que atestaram a eficiência desse trabalho. Um contingente de mais de 17,5 mil vigilantes foi qualificado para atuar no grande evento e exerceu suas funções meritoriamente, colaborando com a segurança dos milhões de torcedores que, graças a esse trabalho, puderam participar dos jogos despreocupadamente. JOÃO ELIEZER PALHUCA Presidente do SESVESP O impacto da resolução em não desonerar a folha de pagamento do setor ganha um dos primeiros lugares no ranking das dificuldades. A positiva união das forças privada e pública testada na Copa do Mundo é corroborada pela cooperação que começa a se verificar por parte da Secretaria Estadual de Segurança Pública e demonstrada em evento realizado em novembro, tema de matéria desta edição. Certamente, esse é o primeiro passo em direção a futuras alianças e em um caminho que, esperamos, seja mais favorável ao setor. Revista SESVESP | 3