EDITORIAL
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UM ANO
DIFÍCIL
hegamos ao final de mais um ano. Lamentavelmente e na contramão dos nossos desejos, não é possível avaliar 2014 positivamente, uma vez que, nestes
doze meses, testemunhamos – mais, sentimos - decisões governamentais que,
novamente, prejudicaram toda a cadeia do segmento.
C
Entre elas, ganhando um dos primeiros lugares no ranking das dificuldades, o impacto
da resolução em não desonerar a folha de pagamento do setor. Enquanto outros segmentos foram beneficiados com essa redução, as empresas especializadas continuaram sendo
penalizadas e arcando com os 20% de impostos sobre a folha de pagamento.
Acrescenta-se a esse cenário o pagamento, no início deste ano, do adicional de periculosidade para os profissionais de segurança privada em valor correspondente a
30% do salário. Embora concordemos que essa medida seja muito benéfica para os
trabalhadores, ela foi estabelecida de forma arbitrária, desconsiderando esforços anteriores e engendrados pelas empresas. Refiro-me ao adicional de risco de vida, cuja
concessão já alcançava 18% e seria mantida, de forma a favorecer os vigilantes, mas
também as empresas, que não sofreriam os impactos desse percentual pago de uma só
vez, como de fato ocorreu.
Atualmente, as empresas de segurança respondem pela contratação de aproximadamente 210 mil trabalhadores no estado de São Paulo. É um contingente considerável de
pessoas e que têm seus empregos garantidos graças aos esforços contínuos das empresas em assim mantê-los. No entanto, os consecutivos mandos e desmandos do governo
estão causando sérias consequências que não permitem o vislumbre de um 2015 mais
favorável, infelizmente.
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Embora o quadro geral seja péssimo para o setor, nós continuamos persistindo e fazendo nossa parte com competência. O desempenho da segurança privada durante a
realização da Copa do Mundo foi digno de nota e reconhecido pela sociedade e também
pelas forças de segurança, que atestaram a eficiência desse trabalho. Um contingente de
mais de 17,5 mil vigilantes foi qualificado para atuar no grande evento e exerceu suas
funções meritoriamente, colaborando com a segurança dos milhões de torcedores que,
graças a esse trabalho, puderam participar dos jogos despreocupadamente.
JOÃO ELIEZER PALHUCA
Presidente do SESVESP
O impacto da
resolução em
não desonerar
a folha de
pagamento
do setor
ganha um
dos primeiros
lugares no
ranking das
dificuldades.
A positiva união das forças privada e pública testada na Copa do Mundo é corroborada pela cooperação que começa a se verificar por parte da Secretaria Estadual de
Segurança Pública e demonstrada em evento realizado em novembro, tema de matéria
desta edição. Certamente, esse é o primeiro passo em direção a futuras alianças e em um
caminho que, esperamos, seja mais favorável ao setor.
Revista SESVESP | 3