PERIGO NAS ESTRADAS
ROUBO DE CARGAS SOMA
R$ 1 BI EM PREJUÍZOS
s estatísticas de roubo de carga no Brasil
não param de crescer. Dados da Associação
Nacional de Transporte de Cargas (NTC)
mostram que, em 2013, foram registradas 15,2 mil ocorrências, número 5,2% maior que o
do ano de 2012. As informações dos anos anteriores
comprovam que os delitos aumentam, em média,
quase 7% desde 2010 (veja os gráficos nesta página).
Os prejuízos financeiros, obviamente, aumentam
na mesma medida. Em 2013, eles deverão totalizar
R$ 1 bilhão, contra R$ 960 milhões de 2012, R$ 920
milhões de 2011 e R$ 880 milhões de 2010. Entre os
estados, São Paulo lidera o ranking de roubos, com
Foto: Thinkstock
Os delitos crescem desde 2010, e mais da metade deles acontece em São Paulo
A
ROUBO DE CARGAS NO BRASIL
Evolução anual - Ocorrências
2007
2008
11.850
12.800
2011
2012
2008
13.350
2009
12.300
2010
13.000
2011
14.400
ABORDAGEM
Entre os produtos mais visados
pelos ladrões estão os itens alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos e insumos farmacêuticos.
Iuga explica que a abordagem
ocorre nos pontos de parada dos
motoristas ou mesmo em trânsito, quando o veículo está em baixa
velocidade. Em trechos de subida,
por exemplo, as carretas circulam
a 20 km/h. “O motorista é mantido
refém até que a carga seja transbordada a outro local ou outro caminhão ou carreta com condições
de continuar o transporte”, afirma.
Ainda de acordo com informações
da NTC, somente 21% dos caminhões roubados são recuperados.
ROUBO DE CARGAS NO BRASIL
Evolução anual - Valores Subtraídos
2007
2009
2010
52,4% dos casos. “A região é a
preferida porque por ela circula a
maior parte da riqueza do país”,
comenta Autair Iuga, presidente do Sindicato das Empresas de
Escolta do Estado de São Paulo
(Semeesp). De acordo com ele,
80% das abordagens ocorrem em
trechos de até 150 quilômetros da
capital paulista, principalmente
nas rodovias Dutra, Anhanguera, Bandeirantes e Fernão Dias.
“Quando a carga é escoltada, as dificuldades de abordagem dos criminosos quadruplicam, uma vez
que existe uma empresa oficial de
escolta armada, com homens treinados, armados e protegidos com
coletes balísticos”, avalia. Segundo
Iuga, 97% das cargas escoltadas
por empresa idônea chegam ao
destino final. “A escolta armada
ainda é de fundamental importância, independentemente das tecnologias existentes e de planos de
gerenciamento de riscos.”
2012
735 milhões
805 milhões
900 milhões
880 milhões
920 milhões
960 milhões
Fonte: Assessoria de Segurança/NTC (Dados estimados - Rodovias e áreas urbanas)
Revista SESVESP | 9