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FIESP realiza seminário Copa do Mundo Fifa 2014 – Resultados
e Legados para a Segurança Pública do Brasil
Brasil já pode ser considerado exemplo de organização de grandes eventos, defende
secretário de órgão do Ministério da Justiça
O seminário Copa do Mundo Fifa
2014 – Resultados e Legados para a
Segurança Pública do Brasil, realizado no dia 16 de setembro passado, na
Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo (Fiesp), com um balanço de como foram as ações integradas de segurança durante a principal
competição de seleções de futebol do
planeta.
Andrei Augusto Passos Rodrigues,
secretário da Secretaria Extraordinária
de Segurança para Grandes Eventos
(Sesge), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, afirmou que o evento
atendeu todos os itens da proposta
encaminhada pela Fiesp, no tocante
aos eixos de Legislação, Tecnologia,
Gestão e Integração de Ações.
“O modelo empregado na Copa
2014, que foi um modelo do Estado
Brasileiro e não de governo ou partidos, funcionou. E o Brasil pode ser
considerado, hoje, exemplo de organização de grandes eventos”, avaliou.
Os desafios, segundo ele, eram a
criação de infraestrutura, um planejamento operacional conjunto e o estabelecimento de operação integrada.
E o ponta-pé inicial foi a criação de
12 centros de operações nas capitais
que sediaram os jogos da Copa.
Nesses centros foram realizadas
as oficinas temáticas com diversos
profissionais. E em cada oficina foram
criados os respectivos protocolos de
atuação. “Desta forma, legitimamos
esse planejamento e criamos uma gestão integrada sob nossa coordenação”,
afirmou, destacando que o processo capacitou 30 mil profissionais de
segurança pública. Para o Secretário
o melhor é que o conhecimento e a
infraestrutura estão sendo aproveitados em outras operações.
Revista SESVESP
|28|Edição 117 • 2014
Andrei Augusto Passos Rodrigues: operação brasileira teve um desempenho
superior a de outros países que organizaram grandes eventos. Foto: Helcio
Nagamine/Fiesp
A Copa deixou seus legados para
segurança
O gerente geral de Segurança do
Comitê Organizador da Copa do Mundo Fifa 2014, Hilário Medeiros, também mostrou-se otimista com o resultado das operações de segurança
da Copa 2014
O primeiro desafio que o Brasil
cumpriu, segundo ele, foi no tocante aos três documentos principais
que regulam o evento: a Garantia nº
5 (compromisso do Governo Federal
com a Fifa e Comitê Organizador, para
assegurar todas as medidas de segurança para a realização da Copa e
seus eventos subordinados); o Host
Agreement (que estabelece as obrigações do país que sedia o evento);
e o Host City Agreement (que define
obrigações dos governos estaduais e
municipais com a Fifa e Comitê Or-
ganizador).
Hilário afirmou ainda que, durante
a Copa do Mundo, foram valorizados
tanto a segurança patrimonial como
a segurança dos expectadores, com
os stewards. “Com certeza nunca deixará de ter nos estados a segurança
pública, mas também permanecerá
a segurança privada”, afirmou.
Ao concluir, ele afirmou que, com a
Copa, “o mundo aprendeu a conhecer
melhor o Brasil” e que os boatos pessimistas, que antecederam o evento,
logo foram frustrados. “O prenúncio
de que a Copa seria o fim do mundo
não durou três dias, o que foi verificado com a repercussão positiva na
imprensa nacional e internacional”,
avaliou.
Hilário atribuiu o êxito ao fato de
a segurança pública fazer um bom
trabalho fora dos estádios e a segurança privada dentro deles.