Revista Sesvesp Ed. 116 - 2014 | Page 9

segurança em todo o País. Apesar de as Secretarias de Segurança divulgarem índices mensais de violência em seus Estados, ela não diminui. A população exige maiores investimentos do Poder Público no aparato policial e nos serviços de inteligência. O Brasil é o sétimo colocado no mundo em casos de homicídios. A cada 100 mil habitantes, 27,4 são vítimas de crimes. No caso de jovens entre 14 e 25 anos, o número aumenta para 54,8. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), compilados pelo Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, divulgado pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) todos os dez países com os mais altos índices de homicídios entre jovens estão na região da América Latina e do Caribe Neste cenário, a Segurança Privada cumpre com o seu papel de proteger pessoas e o patrimônio. Nos locais em que a Segurança Privada atua, a sensação de insegurança é menor, seja em condomínios, escolas, praças públicas e, cada vez mais, em grandes eventos. Estima-se que em 2012, a 2.282 empresas de segurança e transporte de valores movimentaram no Brasil cerca de R$ 36 milhões, empregando formalmente entre 680 e 700 mil trabalhadores, entre eles, de 620 a 640 mil vigilantes. Necessidade do Estatuto da Segurança - A segurança privada envolve áreas como vigilância patrimonial (em prédios públicos e privados ou eventos sociais), transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal. Apesar do tamanho relevante da atividade, a legislação atual (Lei 7.102, de 1983) é considerada ultrapassada. Uma das novidades do Estatuto é criminalizar o ato de organizar, prestar ou oferecer atividade de segurança privada clandestina, que estaria sujeita a pena de dois a quatro anos de prisão, além de multa. O uso da vigilância privada em locais não permitidos – como no policiamento ostensivo das ruas, que está a cargo da segurança pública – resultaria em pena de três meses a dois anos de prisão. O texto também regula a atuação de empresas de sistemas eletrônicos de segurança, que operam em áreas sensíveis como o monitoramento de imagens e sinais de alarme, detendo informações confidenciais dos clientes. Estipula, ainda, requisitos mínimos de equipamentos para as agências bancárias, como a instalação de portas de segurança, câmeras e alarmes. Licitações - A lei de licitações 8.666/93 que está ultrapassada porque não acompanhou as mudanças que aconteceram nestes últimos anos. Entre as propostas estão a ampliação das possibilidades de pregão eletrônico e o aumento da pena para quem comete crimes licitatórios. Também não é possível que se continue a contratar mao de obra especializada como se contrata fornecimento de recursos materiais, justa- mente pela especialidade do serviço de segurança. Justiça do Trabalho - O crescimento do número de reclamações trabalhistas e consequentemente do orçamento e da máquina necessária para julgá-las continuará acontecendo na medida em que se multiplicam as leis e a diversidade de benefícios aos trabalhadores, continuam crescendo o valor das condenações e principalmente, através da lógica corporativista e da criatividade ditada pelo viés anti- empresarial da Justiça do Trabalho. Em 2012, foram pagos 15 bilhões de indenizações através de condenações na Justiça do Trabalho. Algo deve estar muito errado. Serviços especializados - Ao procurar um médico, os cidadãos procuram especialistas, pois não há como um médico saber tudo de todas as áreas. Assim também acontece no mundo corporativo. Quando se precisa de segurança, comunicação ou limpeza, os gestores procuram empresas especializadas que terceirizam serviços e mao de obra. No Br