Revista Sesvesp Ed. 108 - julho / agosto 2012 | Page 17

outras atividades ligadas ao Mundial. Por exemplo, numa cidade do interior, o Prefeito pode instalar um telão em um determinado local para transmitir os jogos e lá haverá um grande aglomerado de pessoas, que pela normatização requererá a atuação de profissionais de segurança privada. Assim como os clubes esportivos, que podem fazer eventos semelhantes, etc. Além disso, existe a necessidade de hospedagem (e segurança) das delegações; enfim, são muitos os desdobramentos que exigirão a aplicação da segurança privada”, lembra Cel. Francisco. Quanto ao perfil do profissional a ser selecionado para trabalhar nesses eventos, o Diretor da Scorpions crê que é necessário um profissional com experiência em lidar com público e que tenha pelo menos o segundo grau completo. Dessa forma, vigilantes que atuam em eventos, shoppings, bancos e hospitais podem ser as melhores opções. João Batista, da Emforvigil, acha que “o vigilante ideal para trabalhar em grandes eventos deve ser calmo e paciente e estar treinado para imobilizar uma pessoa no caso de uma pequena ocorrência. Será necessária muita paciência, porque ele será mais um receptivo para prestar informações, para encaminhar as pessoas para o lugar correto e observar. O principal atributo é paciência e, claro, conhecimento técnico que eles recebem nos cursos regulares da área. “Acredito que esse legado vai permanecer. Nós temos que formar um profissional para grandes eventos regulares em nosso país, como a Parada Gay, a Marcha para Jesus, jogos de futebol, grandes apresentações como o Cirque du Soleil, feiras de negócios, etc. Quando a gente pensa em grandes eventos, temos que pensar de forma macro, não dá para centralizar só no evento esportivo. Por tudo isso, creio que o vigilante deveria conhecer um outro idioma para poder se comunicar com os turistas. Mas se não conseguimos nem formá-lo em uma extensão específica para grandes eventos, o que dirá quanto a outro idioma?! Além disso, precisa ser uma pessoa com um bom inter-relacionamento pessoal, pois vai lidar com todo tipo de pessoa, das mais diversas nacionalidades, com costumes e hábitos diferentes dos nossos”, ressalta Ricardo Corrêa. Mas é claro que a Portaria não vem apenas acrescentar a extensão para eventos. Pelo que se sabe, a carga horária da formação deve passar de 160 horas/aula para 200 h/a; e a reciclagem de 30 para 50 h/a. A direção da Emforvigil, por exemplo, está muito mais preocupada com essa alteração. “Pode causar um transtorno na reestruturação de todos os horários e obrigar as academias a redimensionar seus espacos, pois se um curso terá aumento de carga horária, para termos o mesmo número de cursos, teremos que ter mais salas de aula, mais áreas para educação física, etc. Nós, inclusive, fomos contra o aumento indiscriminado, porque aumentar a carga de defesa pessoal e de educação física, para nós, não tem muito sentido. Ou a pessoa tem o preparo físico porque se dedica a isso habitualmente, ou é até um risco querer coloca-lo em forma em tão pouco tempo. Em 8, 10 ou 20 e poucas horas/aula de educação física, pode até causar um problema, um enfarto Outro ponto importante acrescentado pela Coordenadoria Geral de Controle de Segurança Privada à proposta de nova Portaria é abrir a possibilidade das Academias ministrarem outros cursos de extensão, não necessariamente controlados pela Polícia Federal, desde que voltados especificamente a vigilantes formados ou profissionais da área de segurança. “Assim, poderíamos, por exemplo, fazer a formação e reciclagem de guardas municipais. Hoje, ou um problema muscular. Então, é preciso muito cuidado com isso. Em defesa pessoal, a pessoa precisa saber o mínimo para tirar de combate o bandido, ou seu oponente e, infelizmente, no meu entender, essas matérias de artes marciais requerem que o praticante esteja acostumado a elas no dia-a-dia. Por isso, o importante na defesa pessoal, é ter consciência de algumas atitudes que podem tirar o sujeito de combate. Certos golpes, rolamentos e outros exercícios específicos são práticas que a pessoa que está na profissão deveria, por dedicação, treinar com habitualida