Revista Sesvesp Ed. 106 - março / abril 2012 | Page 3

EDITORIAL Ampliando e Fortalecendo as Fronteiras Representativas A José Adir Loiola Presidente do SESVESP Julgamos como necessária a criação de uma entidade nacional para zelar efetivamente pelos interesses da categoria empresarial” atividade de segurança privada vem experimentando níveis de crescimento satisfatórios, nos últimos anos, na medida em que o cenário econômico brasileiro tem se mostrado favorável. Com mais riquezas circulando pelo país, os recursos de segurança tornaram-se indispensáveis à garantia da proteção dos patrimônios publico e privado. Não é de se espantar, entretanto, que a grande demanda pelos serviços de segurança contribui também para a proliferação de empresas clandestinas e inidôneas que interferem de maneira negativa no desempenho do segmento. Para tentar conter este crescimento desordenado e ao mesmo tempo enfrentar o desafio de manter um setor de serviços de segurança privada sustentável, não só do ponto de vista da qualificação técnica das empresas, como também de sua sanidade gerencial e financeira, defendemos o trabalho ativo e incansável das entidades representativas. Por esse motivo, julgamos como necessária a criação de uma entidade nacional para zelar efetivamente pelos interesses da categoria empresarial representada nos estados por meio dos sindicatos patronais. Partindo deste propósito constituímos a ABSESP – Associação Brasileira dos Sindicatos e Entidades de Segurança Privada – que, inclusive, já nasce forte. Primeiro porque temos amadurecido o conceito de que a união de uma classe empresarial resulta em fortalecimento tanto da imagem do próprio setor como de seu profissionalismo. Conhecemos a arriscada e difícil missão do empreendedor, em um país em que o estado é burocrático, caro, intervencionista, confuso, com uma carga tributária extorsiva, uma legislação trabalhista superada e inflexível, leis onerosas e restritivas, gerando insegurança jurídica e dificultando a administração das empresas. Segundo, porque colocamos à frente da entidade respeitados dirigentes que conhecem como ninguém os caminhos para a consolidação do setor perante os órgãos federais, como o ex-diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e o ex-coordenador geral de Segurança Privada, também da Polícia Federal, Adelar Anderle. E, por último, não menos importante, nossa base representativa indica o peso da associação: temos 18 sindicatos estaduais associados que representam mais de 80% do mercado de segurança privada do país. Prova de que a ABSESP começa a trilhar caminhos de sucesso, é que mal começamos a trabalhar e já estamos colhendo os primeiros frutos desta iniciativa. Recentemente, fomos convidados pela Polícia Federal a participar da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), algo de fundamental importância, uma vez que os empresários de segurança privada são os mais interessados em discutir as legislações que estão sendo editadas, a fim de buscar um melhor entendimento entre as partes. Não há dúvidas de que temos ainda muito trabalho pela frente, como o debate em torno da aprovação do Estatuto da Segurança Privada. Ainda estamos enfrentando algumas divergências dentro do próprio setor, mas entendemos que a sua aprovação vai significar um grande passo no sentido de ajustar adequadamente a legislação que rege o segmento. Além disso, a montagem do esquema de segurança durante a Copa do Mundo de 2014 vai nos exigir diplomacia, mas todas as tratativas terão nosso apoio e acompanhamento integral. Desafios à frente nos impedem de fraquejar, por esse motivo vamos trabalhar no sentido de proporcionar às empresas um cenário em que possam superar seus obstáculos com mais segurança, condição imprescindível ao sucesso e à expansão dos negócios. A julgar pelas nossas expectativas, ainda vamos colher excelentes frutos desta iniciativa de modo que aqueles que atuam na área possam permanecer neste segmento por muito tempo. março / abril 2012 |3| Revista SESVESP