Revista Sampa Digital Edição 26 Abril 2020 ilovepdf_merged-2 | Page 12
A sua função no dia do desfile é ajudar as “baianas” a se vestirem, se alimentarem e ajudar a todas na ala, e
completa - “Como sou a Madrinha, venho na frente com a Bá que é a coordenadora”.
Agora com essa pandemia ela está um pouco triste e desanimada, porque não pode ver as amigas e não está
frequentando a quadra. Mas disse que sempre liga para as “baianas” para saber como elas estão e não perder
o contato. E diz, “Para mim que já tenho idade preciso ter um divertimento, por isso frequento a escola
de samba”.
Conta ainda que tem muito orgulho de sua história no samba, e que tem por todas as paredes de sua casa
vários diplomas e homenagens, como o Prêmio Tia Edwiges recebido na Unidos do Peruche, Voto de Júbilo e
Congratulações recebido pela Câmara Municipal de São Paulo por sua atuação comunitária no bairro do
Imirim/SP, participação da Solenidade em comemoração à mulher Negra Latino Americana e Caribenha
convidada pelo Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo,
entre outros.......................................................................................................................................................................
FESTA DE SÃO BENEDITO (O Santo Africano)
O ano era 1941, no bairro da Casa Verde em São Paulo, onde abrigava muitas famílias negras que compraram
terrenos no local. Uma época, em que os alugueis do centro da cidade ficaram muito caros, “empurrando” as
pessoas para a periferia.
Nesta mesma época, foi fundada a Irmandade de São Benedito, a mãe de Dona Lucinda era uma das coorde-
nadoras.
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