Revista Pulse Pulse #2 | Page 16

pulse pulse Foto: Ricardo Bufolin/CBG Ginasta do Pinheiros voltou a competir após sete meses parado, por conta de uma cirurgia no ombro direito Spajari no Troféu José Finkel Foto: Satiro Sodré/SSPress as taxas consideradas normais. Os índices são informados ao técnico, que os usa para montar o programa de treino. Após o início do tratamento, que é para toda a vida, o atleta de Mococa começou a ganhar massa muscular e não costuma ficar tão doente, como antes. “Optamos por correr atrás de toda burocracia e tra- tar uma situação que precisava ser tratada. Algumas pessoas me disseram que eu fui corajosa por tratar um atleta com testoste- rona, mas não vejo assim. O que tem que ser feito, tem que ser feito. E era o correto e fizemos de maneira correta. Só iniciamos o tratamento após a AUT (autorização de uso terapêutico). E o resultado está aí: melhora de performance mas, principalmente, me- lhora na qualidade de vida”, finaliza Ana Carolina. O resultado do tratamento pode ser visto a cada competição de Spajari. Hoje ele tem o 12o melhor tempo do mundo este ano nos 50m livre (21s82) e o quarto melhor tem- po do mundo nos 100 metros livre (47s95), pág. 16 Está de volta tempos feitos no Troféu Maria Lenk de abril deste ano. O nada- dor foi, no último mês, campeão com o time brasileiro do reve- zamento 4x100m livre no campeonato Pan Pacífico, a principal competição do ano, realizada em Tóquio, no Japão. Pedro Spajari nos 100m livre Foto: Satiro Sodré/SSPress O ginasta Arthur Nory está de volta! Após ficar sete meses parado, devido a uma cirurgia no ombro direito, fei- ta em novembro passado, Nory retornou às competições, ao disputar o Campeonato Bra- sileiro de Ginástica por equipes. O torneio foi realizado entre os dias 29 e 30 de junho e primeiro de julho, na cidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Arthur participou de três aparelhos: solo, cavalo e salto. Os dois primeiros foram dis- putados na sexta-feira (29) e o salto feito no sábado (30), justamente os dois dias de classificatórias para o dia da final, que foi no domingo (01). O ginasta fez declarações so- bre sua atuação no solo e cavalo e destacou a importância de pegar o ritmo de campeonato. “Minhas séries não estão nas condições que posso fazer, mas são importantes para vol- tar a competir, pegar ritmo de competição e poder ajudar o meu clube para se classificar para a final”, disse o ginasta, que participou das Olimpíadas do Rio, em 2016. No sábado foi a vez das provas do salto, mui- to produtivas, segundo o ginasta. As finais no domingo não aconteceram por problemas na iluminação do estádio. Ainda assim, o saldo foi muito positivo para Nory. “Estou muito feliz de ter voltado. Em agosto terei uma outra competição e espero já estar competindo em seis aparelhos”, completou. Os problemas no ombro não são recentes. No final de 2016, Nory passou por um procedimento cirúrgico no tendão, para começar o ciclo olímpico 100%. Ficou cinco meses parado. No retorno, durante uma competição na Croácia, voltou a se machucar. A lesão atingiu o mesmo ombro e tendão, mas em partes diferentes. “Minha recuperação está sendo bem conservadora dessa vez. A segunda vez no mesmo ombro, no mesmo tendão. Mas em outra parte bem mais delicada. Então precisa ser mais lenta, mais detalhada. Senti um pouquinho de dor, já parei na hora, e procuramos um motivo. Tem dois anos até Tóquio, e ago- ra serão dois anos direto, sem parar. É do esporte, do atleta. Sentir dor, se lesionar faz parte. Não é minha primeira, espero que seja minha última. Mas estou me sentindo bem melhor”, disse o ginasta ao globoesporte.com. Mesmo com os problemas, Nory participou do estágio para seleção brasileira, que foi realizado no Centro de Treinamen- to Time Brasil, localizado no Parque Olímpico. Entretanto, Arthur fez apenas movimentos simples, ou seja, não realizou acrobacias com apoio das mãos. pág. 17