A
R
T
I
G
O
D
E
C
A
P
A
Armados com esta simples relação é fácil perceber o que aconteceu
no CERN nas suas primeiras décadas. Para aumentar E, e sem tecnologia nova para aumentar B, foi-se aumentando R. Isto leva-nos à sucessão
de anéis de aceleradores que foram
escavados e construídos: PS (R=100m;
1959), ISR (R=150m; 1973) e o SPS
(R=1480m; 1976).
Entretanto deu-se outro grande avanço para aumentar a energia disponível nas
colisões: em vez de enviar as partículas
aceleradas contra a “parede”, passou-se
a colidir dois feixes de partículas. Desta
forma a energia disponível no centro de
massa é a soma da energia das partículas. Em contraste, quando se atira o feixe
contra a parede, a energia disponível apenas cresce com a raiz quadrada da energia do feixe (um exercício simples de
fazer).
cavado para o LEP. De forma a resolver
de uma vez por todas a questão, o túnel é
simplesmente o maior que se pode fazer
na área onde se situa. Como todos os círculos, é limitado por duas linhas (a cadeia
montanhosa do Jura a Oeste, e o lago de
Genebra a Leste) e um ponto (o ponto de
contacto com o resto da cadeia de aceleradores).
cia, o túnel do LEP - e agora do LHC, - é o
maior túnel escavado para este efeito.
O LEP foi feito para fazer medidas de
precisão das partículas descobertas no
ISR, nomeadamente os transmissores da
força fraca: os bosões W e Z. E se bem
que o LEP tenha sido apenas inaugurado
em 1989, 5 anos antes, em 1984 o LHC
já estava a ser pensado.
Dada a longevidade que projectos
como o LEP, já em 1989, tiveram (por exemplo a construção do LEP foi aprovada
em 1981), é natural que os físicos já estivessem a pensar no que viria a seguir.
O LEP fez colisões até energias
de 200GeV. A seguir teria que vir uma
máquina para a descoberta do que existe à escala do TeV (1TeV = 106MeV)
e perceber se o Modelo Standard ainda
funciona nessa escala de energia, ou se
vamos ver indícios de nova Física aparecer no horizonte. E com o Tevatron em
Fermilab a prometer 2 TeV de energia
para colisões protão-antiprotão nos anos
90, o LHC teria que ser pelo menos 10
vezes mais energético.
Mas se o túnel não pode ser maior,
como é que podemos conduzir partículas
mais energéticas? Aumentando o campo
magnético.
Nos anos 80 a perspectiva de se poderem utilizar magnetos supercondutores
tornou-se na única alternativa a explorar
de forma a obter as energias necessárias
para cumprir os requisitos da Física.
Finalmente, um acelerador é apenas
“transformam” as colisões em algo que
ponham em evidencia o que se passou.
Desde o início da concepção do LHC
ticos do mundo. Algumas conseguiram
chegar aos dias de hoje com o mesmo
nome, m