Revista Primeira Impressão Setembro 2013 | Page 11

A realidade tem mostrado que esse problema está longe de ser resolvido e a tá ca da omissão tem gerado cada vez mais resultados nega vos: mais violência, mais assaltos, mais mortes, mais força do trá?co sobre essas pessoas. Ao sair na rua na tenta va de fotografar essas pessoas, pude sen r qual é a sensação de ser “O ESTRANHO”, todos parando para ver o que estava acontecendo, tentando entender o por quê de está sendo quebrado o padrão social de não falar com “esse po de gente”, não vejo problema em alguém fotografar crianças na praça brincando, mas o trânsito parou para ver uma pequena turma de pretensos fotógrafos retratando uma turma de crianças de rua, que sempre estão na praça, mas ninguém olha, ninguém interfere, ninguém se propõe a interagir. Qual o mo vo do espanto em falar com crianças de ruas? Talvez o problema esteja em que essas pessoas mostram o que o ser humano tem de pior, o egoísmo, escancara bem diante dos olhos de todo mundo uma ferida aberta, um sofrimento diário que é escondido pela desculpa jogada nas drogas, na bebida ou na falta de oportunidade. É fácil fechar os olhos, desviar o olhar e simplesmente achar que a solução só virá do poder público. M a s e u a ?r m o a v o c ê , q u e enquanto esperarmos apenas pela ação do poder público você não poderá andar com os vidros do seu carro aberto, você não dormirá tranquilo sem uma grade na sua janela, sem uma cerca elétrica em seu muro, não sairá de casa sem a preocupação se vão roubar aquele celular que você ralou tanto para comprar, não poderá caminhar pelas calçadas sem que uma mão esteja estendida pedindo sua ajuda. Com isso os alunos da disciplina Linguagem Fotográ?ca 1 - 2013.1 foram às ruas fotografar quem está invisível aos olhos da maioria das pessoas. Con?ra o resultado nas fotos a seguir.