Revista Portugal Protocolo "27 - 2015 Septembre 2015 | Page 46

Património - Marcas Portuguesas Seculares, Diário de Notícias iniciaram-se no DN em 1919, com a notícia, sobre a hora, de uma final de boxe nos Estados Unidos. Nesse mesmo ano, o DN já tinha entrado nos cinemas, com a apresentação das suas Actualidades Cinematográficas. A abertura de um posto privativo de TSF (telegrafia sem fios) verificou-se em 1924. Enquanto o jornal crescia, aproximando-se das tiragens de cem mil exemplares (150 mil ao domingo), a Empresa Nacional de Publicidade era dominada pela Companhia Portugal e Colónias e esta maioritariamente subscrita pela Caixa Geral de Depósitos. Esta penetração do capital público vai ser determinante para a progressiva aproximação do jornal ao poder político da ditadura. na linha dominante da história do DN: a modernização permanente, o pioneirismo na introdução de novas tecnologias e a procura de mercados inexplorados foram condicionados a uma gestão tutelada pelo poder político, nem sempre sensível às necessidades de flexibilização das estruturas da empresa. Nacionalização por arrastamento Veio a Revolução de 25 de Abril de 1974. As nacionalizações que se seguiram aos acontecimentos de 11 de Março de 1975 envolveram o DN de forma indirecta. O jornal era propriedade da então Empresa Nacional de Publicidade (ENP), que, por sua vez, estava titulada pela Companhia Portuguesa Portugal e Colónias e pela Caixa Geral de Depósitos. A nacionalização da banca, por arrastamento, ditaria a transferência do jornal para o sector público. De broadsheet a tablóide A modernização do DN deu os seus primeiros passos com a introdução progressiva da composição a frio, no início da década de 80. É também nos anos 80 que o DN altera o seu formato, passando de broadsheet a tablóide, numa reaproximação ao seu tamanho original: foi a 21 de Maio de 1984. A modernização de um jornal de 127 anos, após o regresso ao sector privado, aconselhava outras e