Revista Portugal Protocolo "27 - 2015 Septembre 2015 | Page 12

Entrevista com o embaixador José de Bouza Serrano, em Haia “Politicamente, para além das relações com a Igreja portuguesa (…) sobressai a difícil questão de Timor, a prioridade da nossa agenda então na Santa Sé.” Página ao lado Em cima Entrega de Credenciais a S.M. a Rainha da Holanda, Abril 2012 Fotografia, Fotobureau Thuring B.v. Em baixo Apresentação de Credenciais a S.M. a Rainha da Dinamarca, Março de 2005, Palácio Real de Copenhaga Páginas seguintes Cumprimentos a S.M. a Rainha da Dinamarca, 2008 12 . Portugal Protocolo 2015 . #27 e apontamentos que resultam de encontros e reuniões. As Embaixadas e os Consulados de Portugal no estrangeiro são a rede indispensável à nossa representação externa e uma extensão da soberania e presença do Estado junto dos países com os quais mantemos relações diplomáticas e das comunidades de portugueses que neles vivem e trabalham. Não se pode falar em diferença, mas apenas na extensão e complementaridade de um nos outros, ou seja, o Embaixador representa o Chefe de Estado e o Governo junto do país anfitrião onde está acreditado e protege e assegura, juntamente com os Cônsules, as necessidades dos Portugueses aí residentes. Toda a nossa actividade é feita em coordenação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, de quem recebemos instruções e com quem nos correspondemos diariamente, através de meios especiais de comunicação, que preservam a confidencialidade e sensibilidade de muitos dos temas políticos transmitidos. Verifica-se na sua carreira uma forte ligação à Cultura. Deve-se esse facto a uma decisão e gosto pessoais? Também aqui tive o privilégio de ser o filho mais novo de um casal que casou tarde e, com o meu irmão Manuel, entretanto já falecido, sempre vivemos rodeados de música, livros, e objectos que ainda hoje possuo e aprecio. E, sobretudo, convivíamos com gente muito mais velha e interessante, com quem aprendi muito. Tinha uma prima que viveu algum tempo connosco, que foi a minha preceptora, e desde sempre me levava a museus, exposições e a visitar igrejas. A minha mãe inscreveu-me no Conservatório e dava-nos aulas