PALAVRA DO PRESIDENTE
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Atletismo : competição individual , trabalho de equipe
POR WARLINDO CARNEIRO DA SILVA FILHO *
Há quase 2.800 anos , um cozinheiro da cidade grega de Élida entrou para a história . Seu nome era Koroebus e , na primeira edição registrada dos Jogos Olímpicos , ele ganhou a única prova então realizada : uma corrida de aproximadamente 200 m . Vem , portanto , das raízes do esporte nos Tempos Antigos a ideia de que o Atletismo é um esporte individual .
Isso é verdade se observarmos apenas o tempo de disputa de uma prova . No entanto , também vem da Antiguidade a noção de que um atleta chega à elite somente se contar com um bom número de apoiadores . Em nossos dias isso significa ter um treinador qualificado , médico , fisioterapeuta , fisiologista , psicólogo , nutricionista . Sem esquecer os árbitros , que conhecem as normas do esporte . Eles preparam pistas e campos para as competições , que depois dirigem .
No Brasil , por força de lei , para disputar campeonatos oficiais o atleta precisa estar ligado a um clube . Esta agremiação deve se filiar à Federação de seu Estado . E as Federações filiadas formam , em nosso País e em nosso esporte , a Confederação Brasileira de Atletismo , a CBAt .
Os clubes têm seus departamentos técnicos , médicos , dirigentes e formam a célula primeira do esporte . As Federações Estaduais realizam seus torneios . E a CBAt organiza os campeonatos nacionais , forma as Seleções que defendem o Brasil nos eventos internacionais e define programas de apoio a atletas e para o desenvolvimento da modalidade .
Para isso , conta com o apoio de patrocinadores e parceiros . Desde o primeiro ano deste século XXI , o Atletismo tem a honra de ostentar a marca Caixa em seus uniformes . Isso porque a Caixa Econômica Federal é a Patrocinadora Oficial do Atletismo Brasileiro .
São os recursos obtidos com o patrocínio da Caixa , mais as parcerias com o Comitê Olímpico do Brasil ( COB ),
Ministério do Esporte , Nike a partir de 2010 e Playpiso a partir de 2017 , que permitem à Confederação apoiar adequadamente os atores do Atletismo . Os resultados , neste período iniciado em 2001 , demonstram que o apoio destas empresas e organismos públicos e particulares alavancou a evolução do nosso Atletismo .
Os recordes de conquistas do Atletismo nos Jogos Pan-Americanos do Rio 2007 e Guadalajara 2011 demonstram isso . Nas duas edições , o esporte-base pulverizou as marcas anteriores , superando seus recordes quanto ao número de pódios e de medalhas de ouro .
Em Olimpíadas , nos Jogos de Atenas , em 2004 , Vanderlei Cordeiro de Lima deu ao Brasil sua medalha mais emblemática : ganhou bronze na maratona apesar de sofrer uma agressão quando liderava a prova . O Comitê Olímpico Internacional , em reconhecimento , concedeu ao corredor a Medalha Pierre de Coubertin , de exclusivíssima distribuição .
Em 2008 , em Pequim , Maurren Maggi ganhou o salto em distância e tornou-se a primeira brasileira a conquistar um título olímpico em prova individual . O 4x100 m feminino ganhou bronze . No Rio , em 2016 , Thiago Braz deu ouro ao Brasil com recorde olímpico no salto com vara .
Em Campeonatos Mundiais foram várias as conquistas . O maior destaque foi Fabiana Murer , que se tornou o único nome do Atletismo nacional a ganhar o título em eventos de estádio , como em Daegu , em 2011 , e em pista coberta , como em Doha 2010 , no salto com vara . Ao mesmo tempo , as nossas equipes , nas várias categorias de idade , mantiveram a soberania em todos os campeonatos sul-americanos .
Volto , agora , ao princípio deste artigo . O Atletismo é um esporte individual , é verdade . Mas também são poucas as modalidades que exigem tanto esforço de um conjunto
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