NOVA ESTRELA
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Almir Junior mantém tradição brasileira no triplo
Getty Images / IAAF
diferente e encarar um desafio e tanto: competir no triplo, de tantas glórias do Brasil, iniciadas por Adhemar Ferreira da Silva, primeiro bicampeão olímpico do País, tradição olímpica seguida por Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo.
Almir Junior comemora medalha de prata no salto triplo
O destino muitas vezes surpreende e a vida pode dar voltas que escapam ao controle. Um exemplo é Almir Junior. Ainda menino, divertia-se com jogos de futebol, em Peixoto de Azevedo, no Mato Grosso, onde foi criado e começou no Atletismo. Os resultados iniciais no salto em altura o levaram para a Sogipa, em Porto Alegre.
De repente, numa decisão ousada, em 2017, com mais de 23 anos, mudou para o triplo. Pouco mais de um ano depois estava no pódio no Campeonato Mundial Indoor, disputado em Birmingham, na Grã-Bretanha, em março último.
Almir Cunha dos Santos virou Almir Junior por ter o mesmo nome do pai. E conquistou em 3 de março a medalha de prata no salto triplo, na Barclaycard Arena. Foi a 16 ª medalha do Atletismo do Brasil na história dos Mundiais em Pista Coberta.
A conquista carrega um simbolismo maior. Almir teve coragem de sair da zona de conforto, investir numa prova
CONQUISTA DA PRATA EM BIRMINGHAM
Em Birmingham, ele foi vice-campeão mundial com um salto de 17,41 m, o melhor resultado de sua carreira. Ele só foi superado pelo norte-americano Will Claye, ganhador do ouro, com 17,43 m. O português Nelson Évora, campeão olímpico de Pequim 2008, ficou com a medalha de bronze, com 17,40 m.
O saltador fez uma prova consistente e nem a gripe forte que pegou em Porto Alegre( RS), antes da viagem para a Inglaterra, comprometeu seu desempenho. Ele queimou dois dos seis saltos a que teve direito, mas teve a regularidade demonstrada nos meetings disputados nos Estados Unidos e Europa, com duas marcas acima de 17 m: 17,22 m na segunda tentativa e 17,41 m na quinta.
TRIPLO MANTÉM HISTÓRIA
O resultado de Almir é esperança para o prosseguimento da grande história brasileira no salto triplo, iniciada nos anos 1950 por Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico e autor de cinco recordes mundiais.
“ Entrar nessa prova nunca foi um peso. Ao contrário, sempre foi uma motivação. É muito bom defender uma história, que deu tantas glórias ao Brasil”, comentou Almir, de 24 anos, sobre os antecessores.
Feliz, faz questão sempre de mostrar a medalha e seu nome gravado no verso. O segredo da medalha de prata?“ Tranquilidade e confiança. Tudo isso foi proporcionado pelos treinamentos. Abdiquei de muitas coisas e na prova só pensei em fazer o meu melhor, respeitando os adversários. Deu certo”, lembrou o atleta, preparado pelo técnico José Haroldo Loureiro Gomes, o Arataca.
Estudante do sétimo semestre de Educação Física na Faculdade Sogipa, Almir nunca ganhou uma medalha no
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