REVISTA PODIUM Revista Podium 15 - Janeiro - 2018 | Page 34
ÁRBITRO
Allan de Medeiros Pinheiro
O
interesse pelo Atleti smo chegou antes de o menino
Allan completar 10 anos. Era 1980 e Allan, nascido
a 18 de julho de 1972 em Natal, teve a oportunida-
de de ver, pela televisão, algumas provas do torneio olím-
pico de Moscou. “Houve disputas que me encantaram”,
ele lembra. “Vi o Sebasti an Coe (atual presidente da IAAF)
vencer os 1.500 m, o Pietro Mennea ganhar os 200 m e o
João Carlos de Oliveira saltar para levar o bronze no triplo”,
diz o agora professor e árbitro de Atleti smo. Allan de Me-
deiros Pinheiro fez carreira nas categorias de base e, mais
tarde, se tornaria um árbitro do quadro da CBAt.
O trabalho do pai de Allan fez a família mudar-se para
Currais Novos, no interior do Rio Grande do Norte. Com tradi-
ção atléti ca, a cidade aproximou o menino do esporte-base.
Na época, trabalhava em Currais Novos o professor José
dos Santos Figueiredo e sua mulher Magnólia, nome im-
portante e, mais tarde, atleta olímpica. Zezinho Figueiredo
treinava Magnólia – hoje, presidente da Federação do Rio
Grande do Norte – e um grupo de atletas.
Por influência deles, Allan começou a praticar Atle-
tismo no Educandário Jesus Menino, com o professor
Geraldo Dantas. “Fui velocista e numa edição dos JEB’s,
em São Luís (MA), ajudei meu Estado a ganhar bronze
no 4x100 m”, fala.
Na arbitragem, Allan começou nos anos 1980. Em 1998,
Marti nho Nobre dos Santos, então secretário-geral da CBAt,
ministrou um curso em Natal. Aprovado, ele providenciou
seu registro na CBAt, graças à orientação de Manoel Traja-
no Dantas Neto, também árbitro e ex-presidente da Fede-
ração do Maranhão. “O Trajano foi importante para mim
e para outros árbitros”, fala Allan, sem esconder a emo-
ção, ao lembrar do amigo, que nos deixou há três anos.
Diretor de Árbitros da Federação poti guar por 14 anos,
até 2013, ele fez cursos de Nível I e Nível II, da IAAF. Nos
últi mos 15 anos, trabalhou na maioria dos grandes even-
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Allan de Medeiros Pinheiro: experiência na arbitragem
tos realizados no País. Competi ções nacionais e interna-
cionais, como Troféu Brasil Caixa de Atleti smo, GP Brasil,
Campeonatos Sul-Americanos, Ibero-Americanos, Jogos
Mundiais Militares...
E, fi nalmente, os Jogos Olímpicos e a Paralimpíada de
2016, no Rio de Janeiro. “Na Olimpíada do Rio, fui o res-
ponsável pela prova do salto em altura masculino”, afi rma.
“Foi uma rica experiência e fator moti vacional para
conti nuar servindo a arbitragem nacional”, diz Allan,
membro da diretoria da Associação Brasileira de Árbitros
de Atleti smo (ABRAAT). “Minha ligação com o Atleti smo
se fortaleceu na escola. Sou professor de educação fí sica
nas Redes Estadual e Municipal”, ajunta. “Busco moti var
os jovens estudantes a conhecer e prati car o nosso espor-
te”, fi naliza.