REVISTA PODIUM Revista Podium 14 - Outubro-2017 | Página 22

UM ANO DEPOIS A Seleção, do Rio 2016 a Londres 2017 Presidente José Antonio Martins Fernandes 22 U ma das grandes apresentações olímpicas do Atle- ti smo brasileiro aconteceu nos Jogos do Rio 2016, quando o País teve representantes entre os 12 pri- meiros em 11 provas. Um ano depois, novamente o Brasil colocou atletas em nove fi nais no Campeonato Mundial de Londres, em agosto últi mo. “Isso demonstra que o Programa de Preparação Olím- pica adotado no ciclo anterior deu bons resultados e conti - nua válido, com as atualizações que fi zemos após a últi ma Olimpíada”, diz o presidente da CBAt, Toninho Fernandes. Para o vice-presidente Warlindo Carneiro da Silva Filho, o País evoluiu em relação ao Mundial anterior, disputado em Pequim 2015. “Na China, ti vemos três atletas entre os oito primeiros, enquanto que em Londres ti vemos nove fi - nalistas”, afi rmou o dirigente. O treinador-chefe da equipe em Londres, Carlos Cava- lheiro, concorda: “É preciso considerar que o Mundial tem prati camente o mesmo nível e importância das Olimpía- das, e ao manter uma boa classifi cação coleti va, o Atleti s- mo mostra estar no rumo certo.” Para o superintendente de Alto Rendimento da CBAt, Antonio Carlos Gomes, “o Programa sem dúvida é efi cien- te. Mas é preciso observar conti nuamente o desempenho dos atletas, tanto os resultados individuais como os obti - dos pelas equipes”. “Atletas que têm bons resultados em mais de uma prova, às vezes podem disputar ambas, mas em outras ocasiões de- vem se dedicar àquela em que têm chances maiores de alcan- çar um bom resultado”, opina treinador Ricardo D’Angelo, da comissão técnica da Seleção no Mundial. Foi o que ocorreu com o meio-fundista Thiago do Ro- sário André, atleta da B3 Atleti smo, treinado por Ricardo. Inscrito nos 800 m e 1.500 m, optou por fazer os 800 m em Londres. Deu certo, ele levou o Brasil à fi nal da prova depois de 12 anos e fi cou com a séti ma posição. Nos estudos da Superintendência de Alto Rendimen- to, a mudança de provas por parte de alguns de nossos atletas principais é prevista. “Isto sempre pode acon- tecer”, explica Antonio Carlos. À medida que o tempo passa, não é incomum ver – principalmente no caso de corredores e marchadores – os atletas optando por dis- tâncias maiores. Os estudiosos observam, porém, que, “além de o atleta sentir-se melhor na prova, é preciso, no caso das grandes competições, levar em conta também o pano- Vice-presidente Warlindo Carneiro da Silva Filho