REVISTA PODIUM Revista Podium 06 - Outubro-2015 | Page 42

MULHER As presidentes do Atletismo Mulheres comandam o esporte-base em quatro Estados Professora de educação física, foi atleta e em seu tempo fez o heptatlo e o salto em altura. “O Atletismo está em permanente renovação no Es- tado”, afirma Marleide. “Muita gente foi revelada aqui e bons nomes continuam a aparecer”, lembra. Ela cita alguns novos valores: Ana Paula Souza (1.500 m), Pedro Henrique (lançamento do dardo), Pedro Gil (100 m, 200 m). Situação análoga ocorre no Mato Grosso do Sul. Em 19 e 20 de setembro a Federação organizou o Troféu Centro-Oeste de Mirins, em Campo Grande, com atletas da região e de ou- tros Estados. Valéria Silva, Maria Magnólia, Márcia Araújo e Marleide Borges AS MULHERES ENTRARAM NO PROGRAMA OLÍMPICO DO Atletismo nos Jogos de Amsterdã, em 1928. Oitenta anos depois, Maurren Maggi deu ao Brasil o título olímpico do salto em distância nos Jogos de Pequim, em 2008. Entre estes dois grandes eventos, o esporte-base feminino cres- ceu no País. Grandes atletas representaram bem o Brasil nos eventos internacionais. Em 2015, o Atletismo nacional conta com as mulhe- res não apenas nas pistas. Elas são treinadoras, atuam na arbitragem, estão nas equipes de apoio. E são dirigentes. Quatro Federações Estaduais, aliás, têm mulheres na Pre- sidência: Marleide de Farias Leite Borges (Amazonas), Va- léria Cristina Gonçalves Calháo Silva (Mato Grosso do Sul), Marcia Cristiane Araújo (Piauí), Maria Magnólia Figueiredo (Rio Grande do Norte). As quatro presidentes comandam, juntas, 6.056 atletas, de 84 clubes. Têm cadastrados 330 corredores, 79 treinadores, 554 árbitros. Na temporada, organizaram 31 competições ofi- ciais. Também realizaram cursos para treinadores e árbitros. “Vemos com satisfação a crescente participação feminina em todos os segmentos do Atletismo”, diz o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes. Marleide de Farias Leite Borges é pela segunda vez pre- sidente da Federação do Amazonas. A primeira vez foi em 2008 e no ano passado foi eleita para um novo período. 42] CBAt “ALÉM DE FAZER OS TORNEIOS LOCAIS E REGIONAIS, NOSSA meta é sempre fortalecer os núcleos”, diz Valéria Cristina Silva. “Além de Campo Grande, várias cidades estão ativas no Atletismo”, completa Valéria, que cita: Ponta Porã, Cha- padão do Sul, Três Lagoas, Dourados, Porto Murtinho, El- dorado, Naviraí... A brasiliense Márcia Cristiane Araújo é mais uma antiga atleta a enveredar pelos caminhos da direção do esporte. No Piauí desde sua infância, ela está em seu primeiro man- dato. Mas experiência não lhe falta. “Toda a pós-gradua- ção eu fiz com estudos sobre o esporte”, ela explica. “Fazer o Atletismo num Estado distante é difícil, mas aí é preciso ter criatividade”, prossegue Márcia. “Aqui temos projetos com apoio do Governo do Estado”, diz a dirigente, que entende a importância da comunicação. “Divulgamos o nosso trabalho e a mídia nos dá respaldo”, finaliza. A potiguar Maria Magnólia Figueiredo é considerada o maior nome do Atletismo feminino já revelado pelo Nor- deste. E um dos mais importantes do Brasil. Teve a opor- tunidade de servir o Rio Grande do Norte com secretária estadual de Esporte. Agora, responde pela Presidência da Federação de Atle- tismo. “Fui atleta e sou dirigente, assim entendo tanto as expectativas de quem está na pista quanto o trabalho de quem busca a viabilização dos projetos”, diz a antiga velo- cista, que no PAN de Toronto se tornou a primeira mulher a chefiar a equipe de Atletismo na competição.