PRIMEIROS MANUAIS DE EDUCAÇÃO
SEXUAL - BRASIL, 1930
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Há quase 90 anos surgiam os primeiros manuais para educar os jovens
sobre o sexo no território brasileiro. O principal objetivo deles era
assegurar que as mulheres entendessem sua função de procriar após o
casamento e alertar os homens à respeito de doenças causadas por
práticas sexuais “desviantes’”. Nas versões femininas, os manuais não
apresentavam nenhuma imagem ou texto explícito sobre qualquer
elemento sexual, como vagina, clitóris e orgasmo. Já os masculinos,
possuíam descrições mais detalhadas e também ilustrações sobre
doenças e temas como a masturbação, em especial. O material foi
pensado para ser um contraponto às representações de nudez
difundidas pelos meios artísticos, sendo feito com embasamento
científico e apoiado nos padrões sociais considerados como normais à
época. Às meninas só era permitido o acesso ao conteúdo quando
fossem casar ou após os 18 anos.
AS PRIMEIRA CENAS DE SEXO, NU E ORGASMO
FEMININOS - TCHECOSLOVÁQUIA, 1933
Dirigido pelo tcheco Gustav Machatý, conhecido por seu interesse no
erotismo, Êxtase firmou seu nome na história com duas cenas que chocaram
a sociedade da época. Na primeira, a atriz austríaca Hedy Lamarr mergulha
totalmente sem roupa em um lago, sendo dela o primeiro nu frontal feminino
a aparecer no cinema, ou pelo menos o primeiro de filmes não-
pornográficos. Já a segunda é considerada por muitos não só como a
primeira representação do sexo no cinema, mas também do orgasmo
feminino. Ainda que a filmagem não tenha sido explícita, tendo como foco o
rosto e as expressões de prazer de Lammar, foi o bastante para que Êxtase
fosse censurado nos Estados Unidos e em vários países da Europa, além de
publicamente condenado pelo então papa Pio XII.
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