rior do carro, para o motor, o capô com entrada de ar e
as portas verticais, inspiradas no Lamborghini”. Tão
excêntrico assim, o carro tem até nome: Astrogildo, ou
“Gildo”, para os íntimos.
A LOIRA DO OPALA
Maria Aparecida Oliveira, de 36 anos, mais conhecida como Loira, foi feirante durante muitos anos de sua
vida. Seu grande aliado para o transporte das mercadorias era um Opala preto que havia sido de seu primo. Até
que um dia, Maria resolveu desmontar seu próprio carro
para vender as partes e começar a lutar pelo seu grande sonho: ter uma loja de autopeças.
Esse ato de coragem da mulher – na época, com três
filhos – foi seis anos atrás. Hoje em dia, ela conquistou
seu estabelecimento próprio, teve mais dois filhos e
comprou um carro. Mas esse não será desmontado para
venda, de forma alguma. Trata-se de um Opala – sim,
ela é maluca por este modelo – Diplomata 1985... rosa.
“Eu o adquiri em um leilão de carros em 2006 e troquei alguns itens para deixá-lo com cara da versão
1992. Além de mudar câmbio, direção e vidros, coloquei
freio a disco, suspensão a ar, um bom som e bancos de
couro com meu Grupo Tuning Feminino em frente ao
Pacaembu, em São Paulo:
nome [ela quer Estádio doespaço em um universo
ocupando
dizer apelido] preponderantemente masculino
bordado
em
rosa”, detalha Maria.
O carrão ainda tem pára-choque envolvente, rodas
de aro 20 polegadas e painel digital. Com toda essa
transformação, o veículo não passa despercebido, nem
aos olhos dos menos atentos. Agora, Maria deixou de
vez seu nome de batismo de lado e passou a ser conhecida como a Loira do Opala.
A DISCRETA DO CORSA OURO
A professora de informática Daniela Rodrigues, de
29 anos, já prefere mudanças menos extravagantes.
“Meu primeiro carro foi um Corsa Wind 2004 prata que,
infelizmente, foi roubado. Então, em 2007, quando pude comprar outro veículo, escolhi o mesmo modelo”,
ressalta ela.
Seu Corsa hatchback Maxx, versão do mesmo ano
da compra, é dourado e bem discreto no visual, mas o
motor é superpotente. Daniela trocou as rodas originais
de 14 polegadas por quatro de aro 17. “Tive que mu-
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