A IMPORTÂNCIA
DAS GARRAFAS
DE LEITE
eguindo a analogia com a corrida
do leite, as embalagens seriam as
garrafas, porém, são muito mais
complexas. “Há uma equipe de
Design que trabalha junto com a
Engenharia, para acompanhar o
desenvolvimento dos componentes
veiculares e, a partir daí, fazer o desenho dos invólucros conforme a ergonomia de cada um deles”, declara
Jéferson Coleoni, supervisor de
Embalagens, que detalha: “Dos 52
tipos que são utilizados no transporte das peças do Spin, apenas 17 são
iguais aos utilizados para transportar
partes do Cobalt. Portanto, foram
criados 35 novos formatos de recipientes, o que não é tarefa fácil”.
Depois que as dimensões foram
minuciosamente definidas, o time
de Planejamento e Aquisição entra
em cena para estimar a quantidade
de embalagens que será necessária
para toda vida do modelo. “No caso
do Spin, contratamos 8.300 unidades de diferentes fornecedores”,
revela Coleoni.
Todos esses pacotes especiais
têm de estar disponíveis no complexo com antecedência. “Para ser mais
exato, no início da curva de aceleração da produção, eles devem estar
devidamente manufaturados e distribuídos”, salienta o supervisor, que
garante: “A segurança e a integridade dos componentes é total, pois
acompanhamos os processos do
fabricante embalador de perto e
simulamos o envio de uma peça
para validar todo o trabalho”.
Fabio Gonzalez/ABC Imagem
S
entre nós da Logística, os fornecedores, que devem produzir o volume
requerido no prazo estipulado, e os
transportadores, que precisam entregar as peças no complexo industrial em um exato horário, previamente agendado”, salienta Ivanyi,
que aponta as vantagens desses procedimentos: “Se não houvesse Milk
Run nem Cross Docking, teríamos
de aumentar o número de janelas
para a chegada de caminhões na
fábrica e sofreríamos com impactos
no estoque”.
Mas não foi o que aconteceu.
Embora a quantidade de peças
tenha aumentado significativamente
com início da produção do Spin – a
quinta plataforma a ser instalada em
Milk Run ou Corrida do Leite: coletas
programadas de componentes em vários
fornecedores; ao entregá-los à fábrica
da GM, o caminhão retorna aos
fabricantes com as embalagens
que serão reutilizadas
São Caetano do Sul (as outras são
Classic, Montana, Cruze sedã e
hatchback e Cobalt), as readequações do espaço foram simples.
“Abrimos mais um galpão de mil
metros quadrados para armazenar
componentes do Spin”, afirma
Marcos Ferlin, diretor de Manuseio
de Materiais da GM do Brasil. Agora,
ele e sua equipe coordenam o recebimento de aproximadamente 8 mil
peças que chegam constantemente
à sede da GMB.
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