Revista Outro Lado da História | Page 9

Como cada governante reagiu a pandemias, epidemias e surtos

Dengue (chikungunya e zika)

Só que como todo mundo sabe, o Aedes aegypti ressurgiu no Brasil, aparecendo primeiramente no Pará, em 1967 e em seguida no Maranhão. O governo militar da época não demonstrou condições de enfrentar o problema e isso foi determinante para o mosquito então se espalhar por Natal, Rio de Janeiro e foi alcançando mais regiões no final da década de 70 e de 80.

Em 1981 foi documentada a primeira epidemia de Dengue no Brasil, ocorrida em Roraima. Em 1986 ocorrem no Rio de Janeiro e outras cidades do Nordeste.

Só que a primeira ação mais efetiva de combate ao problema foi só em 1996, no Governo de Fernando Henrique Cardoso, quando foi lançado o Programa de Erradicação do Aedes aegypti, que tinha como objetivo repetir a missão do passado, de acabar com o mosquito. No entanto, a missão se mostrou pouco efetiva e os números de casos aumentavam ano após ano, chegando a 800 mil em 2002.

Em 2003, já no Governo Lula, foi criado então o Programa Nacional de Controle de Dengue, que tinha como principais medidas o desenvolvimento de campanhas de informação e mobilização das pessoas e o fortalecimento da vigilância para eliminar criadouros.

A campanha então basicamente apostou na conscientização da população e até chegou a apresentar redução nos anos seguintes, porém, voltou a disparar nos últimos cinco anos e em 2019 foram mais de 1.500.000 casos, um aumento de 488% em relação a 2018, e com 782 mortes.

Para piorar o Aedes Aegypti ainda transmite também a Zika e a Chikungunya, que somadas apresentaram mais de 142 mil casos em 2019, com 95 mortes.

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Além disso seguiram também as campanhas para combate ao Aedes Aegypti e em 1958, a Conferência Sanitaria Pan-Americana havia declarado que o Brasil estava livre do mosquito.