Levando para números gerais. Em 16 meses de pandemia de H1N1 ocorreram 493 mil casos e 18,6 mil mortes. O do Coronavírus já passou de 1 milhão de casos e 50 mil mortes e a contagem ainda está em crescimento acelerado e não chegamos sequer a seis meses. E só lembrando que este número só ainda não está maior porque praticamente todos os países afetados estão em quarentena há algumas semanas.
Outro ponto importante é que nenhuma pessoa tem imunidade contra o Sars-Cov-2. Ao contrário do H1N1, que afetava menos idosos.
Para completar, as perspectivas por vacina para a pandemia de 2009 eram muito mais otimistas, porque já havia uma vacina contra o vírus influenza. Era então uma questão de adaptar para o novo subtipo, o que levou cerca de 7 meses, enquanto a do Coronavírus conta com mais de 20 versões em desenvolvimento, porém, precisarão de muitos mais testes para garantir que funcionem e também buscar formas de produzir em larga quantidade e com isso a previsão é de que só fique pronta cerca de 1 ano e meio após o começo do surto.
Além disso é um erro dizer que nada foi feito. Obviamente não ocorreu paralisações nas proporções que estávamos vendo agora, mas exatamente pelo o que disse antes, o ritmo de contaminação era muito menor, porém, ainda assim, atitudes semelhantes a atual foram tomadas principalmente em algumas regiões do México e dos Estados Unidos, as que foram mais atingidas. Até mesmo no Brasil a volta às aulas de julho de 2009 também chegaram a ser adiadas.
Estes são os pontos principais da diferença, porém, o mais importante é entender que não é porque ambos são vírus, porque ambos são pandemias, que deveremos esperar que sejam tratados de forma igual. Cada vírus, cada pandemia tem sua particularidade e, portanto, cabe aos especialistas apontar qual a melhor forma de que isso se espalhe.
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Coronavírus tem uma capacidade de transmissão duas vezes maior que o H1N1 e mata 25 vezes mais.
Em 16 meses de pandemia de H1N1 ocorreram 493 mil casos. O do Coronavírus já passou de 1 milhão de casos.