Poliomielite
Embora existam registros de casos desde o final do século XIX, a grande epidemia de Poliomielite ocorreu em 1953, quando registrou um coeficiente de 21 casos a cada cem mil habitantes. É causada pelo poliovírus e pode infectar por contato com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes.
A primeira vacina contra a poliomielite já existia desde 1950, mas não chegou a ser utilizada no Brasil na época por ser considerada de alto custo. Ela só foi distribuída pela saúde pública em 1960, durante o governo de Juscelino Kubitschek. Foi ocorrendo um aumento progressivo das vacinações nos governos que vieram em seguida, até que em 1989 foi registrado o último caso no Brasil.
Meningite
Outra grande epidemia que ocorreu na Ditatura teve uma forte censura para não ser noticiada. A Meningite começa a ter os primeiros casos registrados em 1971, mas era o começo do regime militar e o governo entendia que admitir a existência da epidemia seria prejudicial. Com isso, médicos e instituições públicas foram proibidos de conceder entrevistas, enquanto o alto escalão negava tudo.
A verdade só veio à tona em 1974, quando o Hospital Emílio Ribas, que tinha 300 leitos estava com 1.200 pacientes internados. Naquela altura, eram já 67 mil casos pelo país, sendo que 40 mil somente em São Paulo.
O Governo então teve que agir, suspendendo aulas e fechando alguns comércios em São Paulo, além da desistência da capital paulista de sediar os Jogos Pan-Americanos de 1975. Ainda assim, somente naquele ano morreram mais de 3 mil pessoas.
Só que mesmo assumindo a doença, a Ditadura seguindo censurando algumas reportagens, inclusive uma entrevista com o Ministro da Saúde da época. A situação só foi controlada em 75 quando ocorreu uma campanha de vacinação.
Aids
Na década seguinte, o Brasil viu uma nova epidemia, a de AIDS. O primeiro caso foi registrado em São Paulo, em 1980 e os números foram aumentando daí em diante sem que nada fosse feito. A primeira medida foi em 1986, no Governo Sarney, com a criação do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, porém, a atuação mesmo só ocorre com a criação do SUS, em 1988, e que tem esta epidemia como primeiro desafio, pois já eram mais de 4 mil casos no país.
No entanto, o Ministério da Saúde se recusou a comprar o primeiro antirretroviral, alegando que o dinheiro deveria vir do Ministério da Previdência. Com isso, somente em 1991, com Collor, o Brasil adquiriu e anunciou a distribuição gratuita de antirretrovirais, que atuam no controle da multiplicação do vírus para que ele não ataque ao organismo.
Alguns anos mais tarde, com Fernando Henrique, m 1996, essa distribuição vira Lei, inclusive com novos medicamentos e no ano seguinte o Governo cria uma Rede Nacional de Laboratórios para o monitoramento de pacientes soropositivos. Três anos depois, o país anunciava a redução de mortes em 50%.
Durante os Governos de Lula e Dilma, foram adicionados novos medicamentos, além de campanhas contra as DST. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde cerca de 900 mil brasileiros têm HIV, sendo que graças aos medicamentos mais da metade não o transmitem, assim como hoje também conseguem ter uma vida estável.
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