Conversa entre Aécio Neves e Joesley Batista
é divulgada pelo Supremo Tribunal Federal
O
acordo de delação feita entre o
empresário Joesley Batista, um dos
donos da JBS e a Procuradoria Geral de
República (PGR) caiu como uma bomba no meio
politico brasileiro. A divulgação de audio de
gravações de conversas entre o empresário e
senador e presidente do PSDB,
o
Aécio Neves,
(Joesley Batista. Crédito: Danilo Verpas - Folhapress)
envolvendo o pagamento de propinas para que segundo as gravações seria pago em 4 vezes de
R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
A gravações mostram ainda que o dinheiro seria repassado ao senador por um
intermediário indicado pelo senador, que no caso seria seu primo Frederico Pacheco de Meneses,
chamado por Fred. O que chama atenção nas gravações por outro lado, é a forma como o senador
trata o desfecho do assunto, ele diz claramente nos audios entregue a Polícia Federal, que
mandaria alguém que pudessem ‘’matar’’ antes que abrissem a boca para delatar.
Confira trechos da conversa abaixo
JOESLEY: Deixa eu te falar dois assuntos rapidinho: A sua irmã teve lá.
AÉCIO: Obrigado por ter recebido ela lá.
JOESLEY: Ela me falou de fazer dois para aquele advogado, mas não dá pra ser isso mais, tem
que ser, eu acho, pelo que tá vendo tudo, pra mim e pra você, primeira coisa…
AÉCIO: É que os dois que eu estava pensando, já trabalha pra você.
JOESLEY: Eu se, eu sei…
AÉCIO: É, é. É que…
JOESLEY: Esse aqui, ponto. Acabou, aí não tem, pronto. Primeira coisa, eu consigo (ele faz um
gesto com as mãos de 500, de acordo com a PF), pouco, mas é das minhas lojinhas que eu tenho,
que caiu a venda pra *****. Tá uma *****.
AÉCIO: Como é que a gente combina?
JOESLEY: Tem que ver, você vai lá em casa, ou…
AÉCIO: O Fred.
JOESLEY: Se for o Fred, eu ponho um menino meu. Se for você, sou eu. Eu só faço desse jeito,
entre dois, só dá pra ser entre dois, não dá pra ser…
AÉCIO: Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação