Revista Modern Age Edição #1 | Page 4

Nova turnê, aposta na América e oposição a Trump. Os recém-chegados desafios da maior banda do mundo.

Por Guilherme Urso

Dia 25/10, São Paulo, 2017. Foi com "I Will Follow", o primeiro sucesso da banda, que o U2 encerrou uma das mais belas turnês do ano, a Joshua Tree Tour. Em comemoração aos 30 anos do álbum Joshua Tree, lançado em 1987, a turnê contou com 52 shows e arrecadou $316 milhões de dólares, segundo dados da revista norte-americana Pollstar.

O disco que foi homenageado durante a ocasião é sem dúvidas o mais famoso dos trabalhos lançados pelo grupo. Vendeu milhares de cópias e consolidou o sucesso dos irlandeses na indústria. As músicas "Where The Streets Have no Name", "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e "With or Without You" revelaram o pico da criativadade de Bono Vox, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen até então.

Sem exceção, os músicos chegaram a conclusão que era inevitável reviver um passado tão presente. Mesmo lançado há três décadas atrás, ninguém duvida que o álbum é muito a frente de seu tempo. Suas músicas apoteóticas ainda tocam o coração humano - "With or Without You" por exemplo, apresenta mais de 200 milhões de visualizações no Youtube.

Ainda sobre o show do dia 25, pelo menos em São Paulo, pareceu que a maior parte do público presente não era fã. Quando Bono anunciou o excelente lado B da gravação, o show deu uma caída. Canções como "Red Hill Mining Town" e "Running To Stand Still" que há tempos não apareciam em uma apresentação da banda foram um verdadeiro presente para os fãs. Antes disso, o que esperar de uma platéia que não pula e entra em extase quando o guitarrista The Edge termina a intro de "Where The Sreets Have No Name"?.

Especial U2