Revista LiteraLivre Revista LiteraLivre 9ª edição | Page 91

LiteraLivre nº 9 – Maio/Jun de 2018 — — — — O que nós fizemos? - uma mulher nervosa apertava as mãos. Nós? Você fez isso sozinha! Não fiz nada! Você o trouxe até aqui! Mas a vingança era sua! Em um hotel - famoso pelos mafiosos que o frequentam: O detetive sabe exatamente quem é o pai do menino idêntico ao Wuan, vai em sua direção: — Sr. Chen - muitos homens armados, levantam-se. - Calma pessoal, não irei prendê-los ainda. preciso juntar mais provas e deixá-los apodrecer na cadeia, mas me dia senhor Chen tem lido o jornal? Uma criança desapareceu e a descrição bate com seu filho. — Não tenho filhos, detetive. — Tem sim, apenas um, sei que foi um acidente, mas o senhor o ama, e sei também que o senhor o ama e o esconde, contudo alguém descobriu e acabou sequestrando outra criança no lugar. — Lamento mas não sei nada sobre isso. — Irá lamentar quando o acusar. — Vá em frente. “A polícia tenta em vão conservar a esperança, entretanto decorridos cinco dias, todos imaginamos o destino trágico do pequeno Wuan.” “Tiros foram ouvidos em uma luxuosa suíte de um hotel, uma mulher e dois homens com ligações com a máfia foram assassinados. Uma criança fora encontrada escondida no elevador de roupas. A polícia não divulgou mais informações.” “O corpo de uma criança fora encontrado boiando no mar da China, que não seja quem imaginamos.” Necrotério: — Quando estiverem prontos, levantem o lençol - o legista explicava ao casal o qual chorava e sofria em silêncio. — O pai levantou o lençol e quando a mãe o viu, abraçou e beijou o filho morto. O detetive olhava a cena e perguntava-se quem no mundo mataria uma criança asfixiada. Sua única vitória naquela semana era a prisão do Sr. Chen e seus comparsas - nunca mais sairão da cadeia. Delegacia: 86