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LiteraLivre nº 9 – Maio/Jun de 2018
A Última Saracura-do-Mangue
Gilberto Moura
São Luis/MA
Todos os dias ouvia teu canto, De repente ouvi um estampido.
Anunciavas com alegria o entardecer, A saracura desapontou a sorte
E deleitavas-me com o encanto, Covardemente o destino foi vencido.
Mas temia o fim desse bel-prazer.
Senti um grande pesar pela sua morte
Ao te ouvir ali tão próxima de gentes, Deixou-me triste e constrangido.
As quais invadiram o teu espaço, Sem me perdoar por não ter
E banido da área, os ascendentes, interferido.
Agora ter-te como presa é o marco
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